A Alemanha, o Reino Unido, o Canadá e os EUA deverão anunciar hoje mais detalhes sobre os batalhões que vão comandar nos países bálticos e na Polónia e que incluirão forças de mais dez ou doze países.
Esta ação insere-se na estratégia de "dissuasão" da NATO na frente leste, "não para provocar o conflito, mas para evitar o conflito", segundo afirmou o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, numa conferência de imprensa, na terça-feira.
Portugal não irá participar nesta missão, mas o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, já se comprometeu com a missão da NATO para a formação e treino de forças militares no Iraque, que deverá formar cerca de 350 oficiais nos próximos meses.
Está também em aberto se Portugal vai participar noutra missão da NATO em 2017, depois de ter aprovado, no início do mês, a retirada das tropas da missão da Aliança no Kosovo, ao fim de 18 anos.
A agenda da cimeira ministerial inclui o reforço da cooperação entre a NATO e a União Europeia, prevendo-se na quinta-feira uma reunião com a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Federica Mogherini.
Segundo Jens Stoltenberg, "a relação entre a NATO e a União Europeia nunca foi tão próxima".
Na cimeira, os governantes vão também decidir "o futuro do destacamento no Mar Egeu" e tomar decisões "sobre o papel da NATO no Mediterrâneo central, que pode passar por apoiar a operação SOPHIA, de vigilância das redes de traficantes de migrantes, através da "partilha de informação e logística".
O apoio ao combate ao grupo terrorista Estado Islâmico, liderado pela coligação internacional, é também uma prioridade da NATO, acentuou Jens Stoltenberg, que revelou que o primeiro voo dos aviões AWACS (equipados com sistema de radar e alerta) ocorreu no passado dia 20.
Os AWACS, a partir das bases alemã e turca, sobrevoam espaço aéreo internacional e da Turquia, conseguindo detetar e recolher imagens a centenas de quilómetros de distância, visando a vigilância do espaço aéreo do Iraque e da Síria a partir da Turquia.
O projeto insere-se na colaboração da NATO com a coligação internacional de países para combater o Estado Islâmico, que a Aliança está disponível para prosseguir e aumentar.
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