Em conferência de imprensa, que decorreu hoje ao mesmo tempo em que os quatro jovens de 15 anos estavam a ser ouvidos no Tribunal de Família e Menores, no Porto, a responsável da PJ revelou ter sido um “motivo fútil” que esteve na origem da discussão que depois evoluiu para o esfaqueamento.
“Os quatro jovens são amigos. Sendo que uma parte deles é do bairro da Pasteleira”, acrescentou Carla Pinto, revelando que “há um menor que teve uma intervenção maior nos factos”.
A inspetora-chefe explicou que “o processo está dividido em dois, sendo que um corre termos no Tribunal de Família e Menores, para os quatro jovens de 15 anos, e outro no Tribunal Criminal de Matosinhos, que abrange os outros seis envolvidos nos desacatos, todos com mais de 16 anos”.
Sobre os restantes seis, informou que na “sequência das 10 buscas domiciliárias hoje efetuadas, alguns foram constituídos arguidos e outros já o tinham sido”.
“Alguns dos acima dos 16 anos estão referenciados pela polícia por situações anteriores, mas por nada de grave”, disse.
Questionada se tinha sido encontrada a arma do crime, respondeu: “foram recolhidas algumas armas brancas, que vamos verificar se são ou não a arma do crime”.
Carla Pinto indicou que a investigação vai continuar e que “ainda há pessoas que irão ouvir” e que os “intervenientes nas agressões não se conheciam”.
Explicando que “os menores não podem ser interrogados pela polícia, apenas em tribunal, e na companhia de uma familiar e advogado”, admitiu que os quatro sejam “internados num centro de detenção juvenil durante um período de tempo”.
Segundo a administração do centro comercial na data da morte, a rixa ocorreu na praça de restauração do NorteShopping, envolvendo dois grupos de adolescentes.
A vítima sofreu ferimentos graves na zona do pescoço e morreu após ter sido transportado para o Hospital Pedro Hispano, indicou no mesmo dia o porta-voz da PSP.
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