Nikol Pashinian, primeiro-ministro da Arménia, anunciou na sua conta de Facebook que concordou num cessar-fogo com a Rússia e o Azerbaijão para pôr fim ao conflito, noticia a Associated Press.
"Foi uma decisão extremamente difícil para mim e para o nosso povo, escreveu o líder arménio.
A decisão foi tomada depois da Arménia ter perdido o controlo da cidade estratégica de Shushi para as forças do Azerbaijão.
No domingo, o Presidente azeri, Ilham Aliev, declarou que as forças do Azerbaijão tomaram controlo da cidade estratégica de Shushi.
“Shusha é nossa, Karabakh é nosso”, disse o chefe de Estado, numa declaração televisiva feita à nação e citada pela Associated Press (AP), utilizando a versão azeri do nome da cidade.
A cidade de Shushi tem um valor militar significativo porque se situa numa região montanhosa cerca de dez quilómetros a sul da capital da região, Stepanakert, e está na estrada principal que liga o Nagorno-Karabakh à Arménia.
A região situa-se dentro dos limites do território do Azerbaijão, mas está sob controlo de forças locais etnicamente arménias, apoiadas pela Arménia, desde 1994.
A última série de combates começou no dia 27 de setembro e deixou centenas de pessoas mortas.
Ilham Aliyev, Presidente do Azerbaijão, já disse que continuará os combates até a Arménia sair do território.
A Turquia, tradicional aliado do Azerbaijão, saudou a tomada de Shushi por parte dos azeris.
“A alegria dos nossos irmãos azeris que libertaram as suas cidades ocupadas e o Karabakh, passo a passo, também é a nossa alegria”, disse o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, num comício na cidade turca de Kocaeli (noroeste).
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