“Não contem comigo nem para fazer uma campanha de casos, nem uma campanha de ataques pessoais, nem uma campanha de bota-abaixo”, declarou Fernando Medina.
“A minha preocupação é dialogar com a cidade e com os lisboetas”, vincou, falando aos jornalistas na praça Paiva Couceiro, onde assinalou o início da campanha de rua da candidatura “Lisboa precisa de todos”, visando recolher opiniões dos munícipes através de bancas instaladas em todas as freguesias.
O autarca criticou “todos os que fazem dos casos e da crítica sistemática e dos ataques pessoais uma forma de fazer política”.
“Eu não o faço nem o vou fazer durante esta campanha. Vamos conduzi-la com total elevação”, assegurou.
Fernando Medina é presidente da Câmara de Lisboa desde 06 de abril de 2015, data em que substituiu nestas funções o atual primeiro-ministro e líder socialista, António Costa.
Naquela que é a primeira vez em que se assume como cabeça de lista à autarquia, frisou que pretende apresentar ideias “e discuti-las com a cidade com frontalidade, com clareza, olhos nos olhos, com grande sentimento de confiança de quem sabe que cumpriu com a cidade”.
“Temos uma visão muito clara das prioridades definidas para o próximo mandato: transportes e habitação. E continuar a apoiar a economia, para que toda esta dinâmica de emprego e de bem-estar não se perca”, enumerou.
Questionado sobre se vai pedir maioria absoluta – como o PS detém atualmente na Câmara através de acordos celebrados com movimentos independentes –, Fernando Medina disse que não.
“Agora são eles que vão escolher [os munícipes], são eles que vão determinar quem querem que governe a cidade e que condições nos querem dar para governar a cidade”, afirmou.
Durante a ação de hoje, Fernando Medina distribuiu panfletos e cumprimentos aos moradores e comerciantes com que se cruzou, escutando elogios sobre as obras que fez na cidade, mas também críticas sobre os transportes públicos e sobre a falta de habitação municipal.
Sobre este último ponto, destacou aos jornalistas o “grande investimento” feito pelo executivo e falou no Programa Renda Acessível, destinado à classe média, referindo ter tido manifestações de interesse de investidores privados.
Quanto à investigação do Ministério Público a obras da autarquia por queixas dos vereadores do PSD e do CDS-PP, o governante disse: “Os partidos da oposição em Lisboa, durante os últimos anos, dedicaram-se mais a tentar atacar o executivo, do que propriamente a apresentar grandes ideias para a cidade”.
Nas próximas eleições autárquicas, marcadas para 01 de outubro, concorrem também à presidência da Câmara de Lisboa Assunção Cristas (líder do CDS-PP), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Teresa Leal Coelho (PSD), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!) e Carlos Teixeira (independente apoiado pelo PDR e JPP).
Relativamente ao desafio lançado por Assunção Cristas para debater a governação da cidade, o autarca socialista apontou ter “todo o gosto de debater com todos os candidatos à Câmara Municipal de Lisboa, sem nenhuma discriminação, no formato que os órgãos de comunicação achem adequado”.
A lista liderada pelo PS conquistou em 2013 11 mandatos na capital. O PSD tem três vereadores, a CDU dois e o CDS-PP um.
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