"Construímos pontes e não muros", declarou a presidente da Câmara de Sausalito, Joan Coxx, numa nota de clara demarcação política face à administração Trump, momentos antes de o líder do executivo português descerrar a lápide com a nova toponímia daquela praça central, agora com uma zona em calçada portuguesa.
Também presente na cerimónia, o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, fez um discurso muito aplaudido, com notas de humor à mistura, em que procurou identificar pontos em comum entre as duas autarquias geminadas.
"Quando vim pela primeira vez a Sausalito disse para mim próprio: Podia viver aqui. Estou mesmo convencido que Sausalito é a segunda melhor localidade para viver", disse, provocando risos, numa alusão indireta à sua vila de Cascais.
O social-democrata Miguel Pinto Luz referiu-se também à obra dos calceteiros portugueses, considerando que "aquele pedaço de arte" da nova praça de Sausalito ficará "para muitas gerações como símbolo da profunda ligação entre Cascais e Sausalito".
Antes, a presidente da Câmara [mayor] de Sausalito tinha já salientado que as tradições portuguesas são anteriores à própria fundação da cidade, dando como exemplo as festas açorianas do Espírito Santo.
O secretário de Estado das Comunidades traçou depois paralelismos entre Cascais e Sausalito, destacando características como "a boa qualidade de vida e a hospitalidade".
"A comunidade portuguesa residente em Sausalito deu um inegável contributo para o desenvolvimento da região. Os membros da comunidade estão presentes nos setores mais dinâmicos", acrescentou o membro do Governo.
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