Os trabalhos de busca foram retomados na madrugada de terça-feira com a participação de cerca de 400 homens, entre bombeiros, soldados do exército e voluntários.
Segundo as autoridades, durante o dia foram realizadas explorações em 22 pontos da região afetada pelo desastre com a ajuda de dez helicópteros, barcos e máquinas escavadoras.
O desastre ocorreu quando uma das barragens nas quais se armazenavam resíduos minerais de um complexo mineiro pertencente à empresa Vale em Brumadinho, no município de Minas Gerais, rebentou e gerou uma avalanche de lama que soterrou as instalações da própria empresa e centenas de propriedades rurais.
Os trabalhos de recuperação dos corpos são complexos e desenvolvem-se lentamente devido à complexidade do terreno e à montanha de resíduos que, em algumas áreas, atingiu os 20 metros de altura.
A justiça brasileira ordenou na terça-feira a libertação provisória de cinco pessoas que foram detidas no passado dia 29 de janeiro, suspeitas de manipular documentos sobre a segurança da barragem que colapsou.
Nessa decisão, o instrutor do caso, o juiz Néfi Cordeiro, considerou que os dois engenheiros da empresa alemã Tüv Süd e os três funcionários da empresa Vale, proprietária da barragem em causa, já testemunharam perante a justiça e não representam um perigo para a sociedade, não vendo assim motivos para os manter presos
A Vale anunciou na semana passada que vai fechar todas as barragens construídas com o mesmo método da de Brumadinho, ou seja, erguidas a partir do próprio lixo e da terra na área.
A empresa já esteve envolvida há três anos num outro acidente semelhante ocorrido numa das minas da sua subsidiária Samarco no Estado de Minas Gerais, na cidade de Mariana, no qual morreram 19 pessoas após a rutura de uma barragem.
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