Em comunicado, a Ordem mostrou vontade em "participar na reforma da Proteção Civil".
Como justificação para a integração de enfermeiros na estrutura da Proteção Civil, a Ordem recorda alguns "relatórios já conhecidos sobre os incêndios de junho" que apontaram "falhas no socorro às vítimas".
"O relatório do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, publicado na página do Ministério da Administração Interna, refere a possibilidade de ter havido pessoas feridas que não sobreviveram por falta de socorro", lê-se no comunicado.
A Ordem refere que apresentou, no ano passado, "uma proposta ao Ministério da Saúde e Liga dos Bombeiros para integrar as ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) nas corporações de bombeiros, ao invés dos Serviços de Urgência Básica (SUB) dos centros de saúde) e, deste modo, integrar enfermeiros nas corporações.
Esta proposta é uma mais‐valia para todos, até porque muitos bombeiros são enfermeiros mas não estão nas corporações nessa qualidade. Nestes incêndios, teria sido decisivo, tal como refere o relatório", refere a bastonária.
"A Ordem dos Enfermeiros considera que, de uma vez por todas, tem de se ouvir quem conhece o terreno e o que é preciso fazer. Tem se ouvir as pessoas e não os teóricos de gabinete. A vida real das pessoas não espera por eles", prosseguiu Ana Rita Cavaco.
Em junho, a Ordem dos Enfermeiros mobilizou mais de 400 enfermeiros, que prestaram apoio às vítimas em regime de voluntariado.
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