A proposta, revelada hoje num programa televisivo pelo responsável executivo de Tóquio2020, Hidemasa Nakamura, acontece depois de dois elementos da delegação olímpica do Uganda terem dado positivo nos testes de rastreio ao novo coronavírus, e da gestão do caso ter merecido críticas.

Um dos nove membros da delegação — um treinador — deu positivo nos testes realizados à chegada ao aeroporto de Tóquio, em 19 de junho, e foi imediatamente isolado, mas os restantes elementos viajaram num autocarro privado até Izumisano, cidade japonesa da província de Osaka, onde o Uganda tem instalada a sua base de treinos.

O protocolo sanitário de Tóquio2020 determina o isolamento dos contactos próximos de um infetado com o novo coronavírus, que devem ser determinados pelas autoridades sanitárias do país.

Contudo, no caso da delegação ugandesa, as autoridades de Osaka demoraram vários dias a fazê-lo, o que possibilitou a viagem de autocarro, antes de os oito outros elementos serem declarados contactos próximos e colocados em quarentena. Posteriormente, um segundo caso positivo foi detetado num atleta.

Toda a comitiva do Uganda está vacinada e apresentou testes negativos realizados 72 horas antes da chegada ao Japão, anfitrião dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, entre 23 de julho e 08 de agosto.

Nakamura disse hoje, num debate da cadeia pública NHK, que o comité organizador está a preparar um sistema para isolar e testar a totalidade de qualquer delegação que enfrente uma situação similar à do Uganda, “antes mesmo de ser tomada uma decisão” sobre quem é considerado contacto próximo do infetado.

A organização considera contactos próximos aqueles que tenham estado durante 15 minutos ou mais com uma pessoa infetada com covid-19, a menos de um metro de distância e sem usar máscara.