As declarações foram feitas pelo Papa numa homilia escrita e lida pelo presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, o arcebispo Rino Fisichella, numa missa que hoje foi celebrada na Basílica de São Pedro por ocasião da primeira Jornada Mundial dos Avós e Idosos.
O papa não pôde celebrar a missa porque se encontra a recuperar da operação clínica realizada no início do mês.
Francisco, que tem vindo sempre a defender que seja dada uma maior atenção aos idosos, disse durante a homilia que os mais velhos são “valiosos pedaços de pão que ficaram sobre a mesa” das vidas das novas gerações e que podem nutrir-se das lembranças e das memórias.
“Não percamos a memória de que são portadores os idosos, porque somos filhos dessa história, e sem raízes ficaremos murchos. Eles apoiaram-nos durante as etapas do nosso crescimento e agora toca-nos a nós apoiar a sua vida, aligeirar as suas dificuldades, estar atentos às suas necessidades e criar todas as condições para que as suas tarefas diárias sejam facilitadas e não se sintam sós”, disse.
Durante a homilia, o papa pediu aos jovens para se questionarem se visitam os seus avós com frequência e se os escutam para que amanhã “não se venham a arrepender de não lhes ter dado a atenção suficiente”.
Criticou também as sociedades atuais, demasiado atarefadas e indiferentes, incapazes de atender aos idosos que hoje “têm fome” da ternura e da atenção dos mais novos.
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