“Isso é apenas o começo (a situação na Caxemira). Vai piorar e há potencial para dois países atómicos se encontrarem em algum momento”, disse Khan sobre a tensão em torno da Caxemira, durante uma conferência de imprensa à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, que se realiza em Nova Iorque.
Milhares de pessoas continuam detidas na Caxemira indiana, desde que em agosto o Governo indiano retirou o estatuto especial da região e impôs pesadas restrições aos direitos de circulação e reunião de pessoas, além de cortar as redes de telecomunicações e Internet.
A Caxemira, dividida entre a Índia e o Paquistão desde 1947, está na origem de dois grandes conflitos e inúmeros confrontos entre esses dois países.
A decisão do Executivo indiano de pôr fim à autonomia da Caxemira e dividir a região é entendida como uma tentativa do Partido Nacionalista Hindu, que está no poder, de mudar a demografia dessa região de maioria muçulmana, permitindo agora que pessoas de outras partes do país se estabeleçam e adquiriram terras na região.
Imran Khan acusou ainda o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, de racista e deu entender que descarta uma reunião bilateral com a Índia durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Tanto Khan quanto Modi se encontraram à margem da Assembleia Geral da ONU com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que incentivou os dois a melhorar as relações e trabalhar para melhorar a vida do povo da Caxemira.
Trump também se ofereceu para mediar o conflito, mas insistiu que isso depende da vontade dos dois países.
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