“Nós contamos que as obras estejam concluídas no próximo ano, em 2020, iniciando-se já este ano na rede viária, depois no parque verde, e nessa altura estará concluída aquilo que é verdadeiramente uma marca da Lisboa do futuro, uma cidade mais verde, mais sustentável, com mais espaço público e com mais ciclovias”, disse Fernando Medina (PS).
O autarca falava aos jornalistas no final da apresentação pública da proposta vencedora do concurso público internacional de ideias para a requalificação da Praça de Espanha, que decorreu hoje na Fundação Calouste Gulbenkian.
O parque terá “um número muito significativo de árvores”, zonas de “clareiras de fruição”, parques infantis, esplanadas, quiosques e a “recuperação da água como elemento central” daquele espaço, destacou Fernando Medina, acrescentando que o projeto vai “permitir uma melhor vivência para todas aqueles pessoas que vão poder atravessar a pé a Praça de Espanha, utilizando uma ponte pedonal” que a ligará à Gulbenkian.
Além disso, referiu o chefe do executivo municipal, este projeto, que inclui um corredor bus e novas ciclovias, vai permitir a "intensificação pedonal e ciclável até Sete Rios".
Segundo Medina, uma “zona hoje inacessível às pessoas, marcada por grandes vias viárias, onde não é possível alguém aceder ao verde que ali existe, vai dar origem a um parque verde”, com cerca de cinco hectares, “de tamanho semelhante ao Jardim da Estrela”.
Relativamente à circulação rodoviária, o presidente da câmara municipal defendeu que “sairá melhorada”, já que haverá ligação direta da Avenida de Berna à Avenida Calouste Gulbenkian.
Isto é, explicou Medina, “quem pretender sair da cidade de Lisboa, em direção a Monsanto ou à ponte, vai direto e escusa de circundar toda a Praça de Espanha”.
“Também para quem quer fazer a ligação entre a Avenida dos Combatentes e a Avenida António Augusto Aguiar [ela] será direta nos dois sentidos. Isto é, quem pretende entrar na cidade de Lisboa via norte, descendo a Avenida dos Combatentes, prosseguirá em frente naturalmente para a Avenida António augusto Aguiar”, disse.
José Veludo, projetista do ateliê NPK – Arquitetos Paisagistas Associados, vencedor do concurso de ideias, reforçou que “a Praça de Espanha é, primeiro que tudo, um lugar com aptidão para ter um parque" porque é "importante para a passagem das pessoas e para o suporte dos sistemas naturais e, concretamente, do sistema hídrico e da água.”
"O parque será um elemento de coesão do espaço público, no sentido em que ele irá servir, além da cidade toda, tudo aquilo que o envolve", acrescentou.
A presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, anunciou hoje que será lançado “em breve um concurso de ideias para a extensão do Parque Gulbenkian para o seu vértice sul”, que deverá estar concluída “pouco tempo depois do Parque Urbano da Praça de Espanha”.
O vereador do PSD da Câmara de Lisboa João Pedro Costa considerou no fim da apresentação, em declarações aos jornalistas, que este é “um bom projeto para a cidade”, ressalvando, no entanto, que o nó viário vai “gerar problemas” de engarrafamento e que “há soluções alternativas que podem ser desenvolvidas”.
A Câmara de Lisboa discute na quinta-feira, em reunião privada do executivo, uma proposta para lançar a empreitada do projeto da Praça de Espanha, envolvendo a reconfiguração viária e espaços verdes, no valor de mais de seis milhões de euros, com um prazo de 10 meses para a execução da obra, mais um ano de manutenção de espaços verdes.
Notícia atualizada às 17:13
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