“É um ambiente muito, muito animado, as pessoas são bastante acolhedoras e educadas. É uma festa de gente de todo o mundo”, afirmou a brasileira Lorena Ramos, de 23 anos, que não esteve no Rio de Janeiro na última JMJ, mas não falhou a Cidade do Panamá.
Para Lorena Ramos, “esta é uma oportunidade de conhecer o papa e levar outras experiências para os jovens do Brasil”.
O seu compatriota Hélio José, de 27 anos, destaca o “ambiente incrível”.
“Juntámos um grupo no WhatsApp de pessoas que não tinham grupos oficiais e viemos”, contou, destacando a dimensão da Igreja Católica, “com tantos idiomas, comungando a mesma fé”.
Hélio José tem a certeza de que gosta, cada vez mais, de ser católico, pois “não existe outra igreja com uma comunhão tão grande com tantas culturas como a Igreja Católica”.
“Isto é uma festa, mas é muito mais do que uma festa, uma celebração”, realçou.
E face à possibilidade de Portugal ser o próximo país anfitrião da JMJ, o jovem acrescentou: “Estamos a rezar por Lisboa, é como se fosse a nossa segunda jornada, a pátria-mãe que é Portugal”.
A última JMJ decorreu na cidade brasileira do Rio de Janeiro, em 2013, naquela que foi a primeira deslocação ao estrangeiro de Francisco, eleito nesse ano papa.
Para o angolano António dos Santos, de 41 anos, que já esteve na JMJ de Madrid (Espanha), Colónia (Alemanha), Cracóvia (Polónia) e agora na Cidade do Panamá, o encontro, “mais do que uma grande festa da juventude católica mundial, é uma festa das nações”.
“Acabamos por representar os nossos países. A JMJ é a festa das festas porque é maior que os Jogos Olímpicos, que os mundiais de futebol”, disse António dos Santos, concluindo: “Não há festa que se compare com este encontro”.
Elsa Pereira, de 37 anos, angolana e que, por via do avô, tem também nacionalidade portuguesa, realça o convívio na “diversidade de culturas, mas todos unidos numa única fé”.
“Venho para representar o país, para praticar a minha fé e viver mais uma experiência”, declarou a peregrina, que hoje estava na paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, onde decorrem as catequeses em língua portuguesa.
“É sempre bom conhecer os irmãos de língua portuguesa”, afirmou Elsa Pereira, atirando, se Lisboa acolher a próxima JMJ: “Já estamos em casa”.
O padre Domingos Meira, da diocese portuguesa de Viana do Castelo, onde é responsável pela pastoral juvenil, salientou, por sua vez, o acolhimento dos panamianos.
“A população é acolhedora, olha para os estrangeiros com carinho, simplicidade e alegria”, notou, admitindo que “há países que deviam aprender com a simplicidade e autenticidade deste povo”.
Sobre a JMJ, considera que “é uma festa que tem sempre a fé e a partilha da alegria da fé entre todos”, pedindo aos jovens portugueses “a abertura aos outros e a abertura à fé”.
“A fé não nos tira nada”, adiantou, acrescentando que “era esta festa que gostaria de ver em Lisboa, mas em maior dimensão”, se a capital portuguesa for escolhida.
A portuguesa Ana Silva, de 24 anos, de Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, apontou também o ambiente de alegria e de partilha.
“É uma festa em permanência por todo o lado”, referiu.
E à entrada da igreja com o mesmo nome da paróquia, a festa fez-se também quando se soube que Lona Natota, da Guiné-Bissau, completa hoje 25 anos.
Imediatamente, os tradicionais “parabéns a você” ouviram-se em português, incluindo com sotaque brasileiro.
A JMJ, o maior evento organizado pela Igreja Católica, decorre até domingo na Cidade do Panamá, com o papa Francisco.
Mais de cem mil jovens de mais de 150 países estão inscritos para esta JMJ.
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