O caso remonta a 2022, quando foi enviada uma carta para o Palácio de Belém, tendo lá dentro uma bala, um telemóvel e ainda o NIB de uma conta bancária.
O texto da carta continha uma ameaça de morte a Marcelo Rebelo de Sousa, caso não fosse transferido um milhão de euros para aquela conta. Todos os elementos foram enviados para a Unidade de Contraterrorismo da Polícia Judiciária e sujeitos a perícias no Laboratório de Polícia Científica.
O suspeito terá antecedentes por crimes violentos e foi capturado em Lisboa. O homem será agora presente a tribunal, entre outros crimes por atentado ao Presidente da República ou tentativa de extorsão e ameaça à integridade física, e arrisca ficar em prisão preventiva.
Num comunicado divulgado ao final da manhã, a PJ esclareceu que o detido é “suspeito da prática dos crimes de coação agravada, de extorsão na forma tentada e de detenção de arma proibida”, tendo por base factos ocorridos em 26 de outubro de 2022 e que estavam também a ser investigados pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
“Uma aturada investigação por parte da Unidade Nacional Contra Terrorismo, permitiu chegar à identificação do presumível autor da prática dos mencionados crimes, tendo nesta data sido realizada uma busca à residência deste, e a apreensão de vários elementos de prova”, pode ler-se na nota enviada às redações, que realça os “vastos antecedentes criminais” do suspeito.
Refira-se que, na altura que recebeu a carta, Marcelo Rebelo de Sousa comentou a situação, desvalorizando a mesma - “Quem anda nesta vida e eu já ando há 30 anos tem disto enfim às dezenas (…). Acontece eu não dou grande importância”, algo que a PJ não fez.
Já esta manhã, o Presidente de Portugal revelou estar ao corrente do sucedido, ironizando também com a questão do valor pedido pelo suspeito. "O período de mais ameaças foi em 2017, 2018. Vim a saber mais tarde que pediram uma quantia avultada; eu não teria um milhão de euros para pagar. Mas não acompanhei o processo. Achei sui generis uma pessoa identificar-se"; referiu hoje.
[Artigo atualizado às 13h19]
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