A notícia foi confirmada pelo jornal francês Le Monde, depois de a informação ter sido avançada pelo Médiapart.

Em causa está o processo de atribuição do Mundial2022 ao Qatar, confirmou o jornal francês junto de fontes judiciais.

A atribuição, em 2010, do Mundial de 2022 ao Qatar, derrotando os Estados Unidos, provocou polémica e levantou suspeitas de corrupção.

Platini, que admitiu ter votado a favor do Qatar, em 2010, já tinha sido ouvido como testemunha em dezembro de 2017, lembra o Le Monde.

A Procuradoria Nacional de Finanças (PNF) abriu em 2016 uma investigação preliminar por suspeitas de corrupção no processo de escolha da FIFA para as sedes dos Mundiais de 2018 (Rússia) e 2022 (Qatar).

A justiça francesa está particularmente interessada numa "reunião secreta" que terá acontecido no Palácio do Eliseu em 23 de novembro de 2010, na qual terão participado o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, o príncipe do Qatar Tamim bin Hamad al-Thani e Michel Platini, que na época era presidente da UEFA e vice-presidente da FIFA.

O secretário-geral do Palácio do Eliseu durante a presidência de Sarkozy, Claude Guéant, também está a ser interrogado por investigadores da unidade anticorrupção da polícia judiciária na mesma investigação, de acordo com as mesmas fontes.

Michel Platini foi suspenso, pela FIFA, em maio de 2016, de ter quaisquer atividades ligadas ao futebol, na sequência do escândalo do pagamento de 1,8 milhões de euros em 2011 por suposto trabalho de consultadoria, sem um contrato escrito, em 2002.

O ex-futebolista internacional francês, de 63 anos, assumiu a presidência da UEFA em 2007 e demitiu-se em maio de 2016, depois de o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ter decidido o seu afastamento por quatro anos de todas as atividades ligadas ao futebol.

(Notícia atualizada às 11h18)