Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt
A AICEP tem como principais objetivos promover a internacionalização da economia portuguesa, atrair investimento produtivo e aumentar as exportações nacionais. A agência atua como uma ponte entre empresas portuguesas e mercados externos, apoiando o reforço da competitividade.
Atualmente, o contexto geoeconómico demonstra-se "complexo e fragmentado", ampliado pela emergência de blocos económicos rivais, a diminuição da cooperação multilateral e o incremento de políticas protecionistas, como é o caso das tarifas norte-americanas.
O problema das tarifas é que não afetam exclusivamente os países diretamente visados, mas também terceiros países integrados nas mesmas cadeias de valor globais. Por isso, as empresas portuguesas podem ser "adversamente afetadas".
Desse modo, a AICEP assume-se como uma entidade fundamental para aproveitar a "vulnerabilidade dos outros países como uma oportunidade estratégica para Portugal." Segundo o relatório, a agência de forma "proativa e coordenada", deve apostar na captação de Investimento Direto Estrangeiro (IDE), como forma de atrair atividade produtiva para território nacional, e na promoção das exportações, assegurando que os produtos portugueses se integrem em cadeias de valor globais "renovadas e mais resilientes".
Essas cadeias de valor globais envolvem a fragmentação da produção de bens e serviços em diferentes países para otimizar custos e recursos, formando uma rede interconectada de atividades desde a matéria-prima até o consumidor final.
A implementação destas medidas são cruciais para a competitividade das empresas portuguesas. Destacam-se os serviços de inteligência de mercados, fornecendo estudos e análises que orientam a diversificação de destinos e a antecipação de tendências. Outro ponto relevante é a diversificação de mercados com apoio técnico à entrada em novos mercados através de contactos locais e desenvolvimento de parcerias institucionais. No que ao financiamento e incentivos diz respeito, sugere-se a criação de linhas de crédito para internacionalização e adaptação a novas economias. A diplomacia económica é importante para defender o interesse das empresas portuguesas perante parceiros internacionais e da União Europeia.
Contudo, e mesmo durante uma Guerra Comercial, as exportações portuguesas têm dado sinais de resiliência, com um crescimento próximo dos 4% nos primeiros cinco meses de 2025, acima da média da União Europeia.
O Governo mantém como meta que as exportações representem 55% do PIB até 2029 e no debate do Programa do Governo, o Ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, sublinhou que esta prioridade atribuída ao crescimento económico visa "aumentar os rendimentos e garantir o Estado social – a escola, a saúde, a habitação, a mobilidade, a cultura ou o desporto".
*Texto editado por Ana Maria Pimentel
__A sua newsletter de sempre, agora ainda mais útilCom o lançamento da nova marca de informação 24notícias, estamos a mudar a plataforma de newsletters, aproveitando para reforçar a informação que os leitores mais valorizam: a que lhes é útil, ajuda a tomar decisões e a entender o mundo.Assine a nova newsletter do 24notícias aqui.
Comentários