“Tomamos nota da decisão britânica de retirar Portugal da ‘lista verde’ de viagens, uma decisão cuja lógica não se alcança”, reagiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social Twitter, poucos momentos depois do anúncio britânico.

“Portugal continua a realizar o seu plano de desconfinamento, prudente e gradual, com regras claras para a segurança dos que aqui residem ou nos visitam”, acrescentou a breve declaração da diplomacia portuguesa.

Num comunicado, o Governo britânico refere que, de acordo com a base de dados europeia GISAID, foram identificados em Portugal 68 casos da variante B1.617.2, identificada pela primeira vez na Índia, denominada pela Organização Mundial de Saúde por variante Delta, "com uma mutação adicional potencialmente prejudicial”.

A direção geral de Saúde de Inglaterra (Public Health England) está a investigar esta variante e mutação para perceber melhor se ela pode ser mais transmissível e mais resistente às vacinas.

O Governo britânico diz também que a taxa de positividade dos testes ao novo coronavírus em Portugal é quase o dobro daquela registada há cerca de um mês, ultrapassando a média nacional no Reino Unido.

Portugal vai sair da “lista verde” de viagens internacionais no Governo britânico devido à descoberta de novas variantes e ao aumento do número de infeções nas últimas semanas, confirmou esta quinta-feira o ministro dos Transportes, Grant Shapps.

A medida deverá em vigor a partir das 04:00 de terça-feira, quando Portugal passa para a lista “âmbar”.

Os países na “lista âmbar” estão sujeitos a restrições mais apertadas, nomeadamente uma quarentena de 10 dias na chegada ao Reino Unido e dois testes PCR, no segundo e oitavo dia, como já acontece com a maioria dos países europeus, como Espanha, França e Grécia.