Neste primeiro dia, decorrerá uma receção em Paris nos Les Invalides, onde estão os restos mortais do Imperador Napoleão e onde são prestadas homenagens de Estado, segundo a presidência francesa.
Além das conversações bilaterais no Palácio do Eliseu e do encontro que juntará os presidentes e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, estão previstos encontros económicos sino-franceses no Teatro Marigny (Paris).
Os dois líderes e as respetivas primeiras damas vão, um dia depois, visitar o emblemático Tourmalet, nos Pirenéus, numa altura em que se assinalam 60 anos de relações diplomáticas entre os dois países, acrescentou o gabinete de Emmanuel Macron.
A viagem de dois dias acontece um ano após a visita de Macron a Pequim e Cantão em 2023, num contexto de ligeira aproximação entre a China e a União Europeia, embora ainda existam tensões nos domínios do comércio, da economia e do respeito pelos direitos humanos.
As agências noticiosas internacionais preveem que Xi expresse descontentamento quanto às investigações europeias sobre as práticas comerciais chinesas e mantenha a posição quanto à Rússia. A China reivindica neutralidade no conflito na Ucrânia, mas Xi e Putin declararam que os seus governos tinham uma “amizade sem limites” antes do ataque de Moscovo em fevereiro de 2022.
Para Paris, a questão principal deve ser a guerra na Ucrânia, e sendo que “a China é um dos principais parceiros da Rússia”, Emmanuel Macron pretende “encorajá-la a utilizar as influências que tem sobre Moscovo para mudar os cálculos da Rússia e contribuir para a resolução deste conflito”, segundo o Palácio do Eliseu.
No ano passado, na China, Macron apelou ao seu homólogo para “chamar a Rússia à razão” e pouco depois o Presidente chinês telefonou ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, pela primeira vez desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.
Porém, os progressos diplomáticos esperados por Paris não se verificaram.
Depois da França, Xi visitará a Hungria e a Sérvia, países europeus dos mais próximos da China e também do Presidente russo, Vladimir Putin.
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