“Enquanto não houver novas eleições e um parlamento que eleja um novo presidente segundo novas regras, o meu mandato continuará”, declarou Zourabichvili, em entrevista exclusiva à agência francesa AFP.
A Geórgia está dividida desde que o partido no poder, Sonho Georgiano, declarou vitória nas legislativas de 26 de outubro. Os partidos da oposição pró-UE denunciaram as eleições como marcadas por irregularidades.
Estes últimos estão a boicotar o novo parlamento e Zourabichvili tentou que os resultados das eleições fossem anulados pelo Tribunal Constitucional.
“Ninguém fora da Geórgia, entre os nossos parceiros democráticos, reconheceu o resultado das eleições”, sublinhou Zourabichvili, que se apresenta como a “única instituição legítima do país”.
O novo parlamento eleito anunciou que elegerá o próximo Presidente no dia 14 e que a investidura, para um mandato de cinco anos, deverá ocorrer em 29 de dezembro.
Na semana passada, o Sonho Georgiano designou Mikheil Kavelachvili, ex jogador de futebol que entrou na política na extrema-direita, como seu candidato a este cargo.
Devido às mudanças constitucionais impostas a partir de 2017, o Presidente será, pela primeira vez, escolhido por um colégio eleitoral e não por voto popular.
Com o Sonho Georgiano a controlar o colégio eleitoral, a eleição de Kavelachvili é considerada como adquirida.
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