Numa conferência de imprensa em Luanda, um dia depois do prazo final para a formalização de candidaturas, Isaías Samakuva não assumiu preferências por qualquer dos potenciais sucessores que estão na corrida à liderança da União Nacional para a Independência Total de Angola, afirmando que “apoia a UNITA”.
Apresentaram a sua candidatura à liderança do partido Adalberto da Costa Júnior, Alcides Sakala, Kamalata Numa, José Pedro Kachiungo e Raul Danda.
Para Isaías Samakuva, “o melhor candidato é aquele que os números dos eleitores vierem a mostrar que reúnem mais simpatia do eleitorado”, ou seja, os 1.150 delegados de todas as províncias que vão escolher o novo presidente da UNITA no XIII Congresso Ordinário do partido, que se realiza entre 13 e 15 de novembro.
“Quando se vai para uma eleição há muita coisa em jogo, há os que apreciam a fisionomia da pessoa, há outros que apreciam a eloquência, há outros que vão apreciar o bom senso e a calma, outros que vão apreciar a simpatia, a amizade”, considerou, a propósito dos fatores que influenciarão os votantes.
O ainda líder acrescentou ter “experiência disso” e notou que “quando se vai para eleição nada está adquirido até o resultado do voto sair”.
Questionado sobre se o seu sucessor adotará uma linha de rutura ou continuidade com a atual orientação da UNITA, o dirigente do maior partido da oposição angolana afirmou que “aquele que for eleito vai implementar aquilo que o congresso vier a decidir e a determinar”.
E avisou: “Se alguém que seja eleito e que assume a liderança do partido, começa a fazer coisas da sua livre vontade certamente que vai obter um ‘não'” dos militantes, “mesmo que seja a meio do mandato”.
Isaías Samakuva disse que, de um modo geral, quem vai liderar a UNITA é proveniente dos líderes ou da direção do partido e que é esta a altura de apresentar e debater as ideias, para que depois “não venham com surpresas”.
O atual presidente reforçou que esta é a forma de trabalhar da UNITA, afirmando sobre o novo líder: “Ai dele se agora der a entender aos militantes que vai romper com a linha que o partido decidir, porque nem vai passar”.
Para Samakuva, a linha política a seguir é a que vai sair do congresso e, por isso, o candidato eleito deve “fazer aquilo que o congresso determinar”.
O dirigente do partido do “Galo Negro”, realçou que na UNITA “o que conta não são tanto as pessoas, mas a máquina partidária”, que tem de estar “bem afinada” para trabalhar “em conjunto com todos os companheiros”.
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