"Ninguém tem interesse em estar a abrir processos de investigação e a serem abertos processos de contraordenação e processos em tribunal", vincou o responsável, falando à agência Lusa no final de uma audição na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas.

João Cadete de Matos foi nomeado em junho pelo Governo e hoje foi ouvido numa audição regimental onde asseverou que a ANACOM será "independente de quaisquer interesses de qualquer empresa no setor", embora ressalvando que parte das empresas resolver, em primeira instância, os problemas com os seus clientes.

"Passa por operadores na raiz resolverem o problema, mas é um assunto ao qual, caso seja confirmado nestas funções, terei particular atenção", disse ainda, sobre as queixas de pessoas que são por vezes contactadas com "’telemarketing’ muito agressivo" e não sabem "o que está a ser contratualizado" por motivos que se prendem, por exemplo, com a sua idade ou eventual "menor literacia".

João Cadete de Matos, a confirmar-se a indigitação, sairá do Banco de Portugal, para presidente da ANACOM, e será acompanhado por três vogais no Conselho de Administração.

Cadete de Matos é licenciado em Economia e desempenha as funções de diretor do Departamento de Estatística do Banco de Portugal.

Atualmente é também professor associado convidado do Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da Universidade Nova de Lisboa.

Dalila Araújo, Francisco Cal e Margarida Sá Costa são os nomes propostos para vogais, com a última a ser hoje também ouvida no parlamento.