Em comunicado, o Governo do estado de Pernambuco indicou que análises laboratoriais determinaram que 16 praias da região mais afetada pelo derrame estão aptas para uso dos banhistas, por não haver presença de substâncias tóxicas nas águas analisadas.
“Não se detetou presença de hidrocarbonetos, nem compostos orgânicos encontrados em petróleo, que, em grandes concentrações, podem causar danos à saúde”, aponta o relatório sobre as amostras recolhidas nos dias 24, 26 e 31 de outubro.
Os estudos acerca da análise de água foram conduzidos pela Agência do Meio Ambiente de Pernambuco, com o apoio de universidades, e contêm os primeiros resultados relatados após o aparecimento de petróleo em 409 praias de 104 municipios brasileiros.
Entre as praias pernambucas analisadas, e que foram declaradas aptas para banhos, estão as famosas e paradisíacas Carneiros, no município de Tamandaré; Suape e Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho; e Maracaípe, em Ipojuca.
O comunicado ocorre um dia após a reabertura do parque ecológico do arquipélago de Abrolhos (na Bahia), considerado o principal berço das baleias Jubarte no Atlântico Sul, que também foi atingido pelo derrame ocorrido em alto mar, a cerca de 700 quilómetros da costa brasileira.
As autoridades brasileiras determinaram que o petróleo em causa foi extraído de poços venezuelanos, mas o local exato e o responsável pelo derrame são desconhecidos, embora investigadores suspeitem da autoria de um navio de bandeira grega, que transportava petróleo venezuelano destinado à Malásia e Singapura.
O derrame, que afeta o turismo e a atividade de pesca região, também ameaça a fauna local desde 02 de setembro, dia em que foram detetadas as primeiras manchas da substância.
Segundo o último relatório das autoridades ambientais, 128 animais apresentaram vestígios de petróleo, dos quais 33 foram resgatados com vida e 95 mortos, na sua maioria tartarugas marinhas.
Em apenas três estados atingidos foram recolhidas das praias 4.600 toneladas de petróleo.
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