O gabinete da Organização Mundial de Saúde da China (OMS) informa sobre mais de duas dezenas de casos de pneumonia de origem desconhecida detetados em Wuhan, na província de Hubei.

1 de janeiro de 2020 – É encerrado o mercado de pescado e carne de onde se suspeita que possa ter vindo a contaminação, dado que os doentes tinham todos ligação ao local.

4 de janeiro de 2020 – São 44 os casos de doentes com uma pneumonia de origem desconhecida reportados pelas autoridades chinesas. O agente causador é ainda desconhecido.

10 e 11 de janeiro - As autoridades chinesas identificam o agente causador das pneumonias como um tipo novo de coronavírus, que foi isolado em sete doentes. A China partilha a sequência genética do novo coronavírus com a comunidade internacional para desenvolver diagnósticos específicos.

13 de janeiro – É registado o primeiro caso confirmado do novo coronavírus fora da China, na Tailândia.

15 de janeiro – Primeiro caso reportado no Japão do novo coronavírus, entretanto designado como 2019-nCoV.

Primeira declaração das autoridades portuguesas sobre o novo coronavírus. A diretora-geral da Saúde estima, com base nas informações vindas da China, que o surto estará contido e que uma eventual propagação em massa não é “uma hipótese no momento a ser equacionada”.

20 de janeiro – Autoridades confirmam que há transmissão entre seres humanos, quando até então se pensava que podia não ocorrer. Um caso é confirmado na Coreia do Sul, numa altura em que há 282 registos da infeção: 278 na China, dois na Tailândia e um no Japão.

21 de janeiro – Seis mortes em doentes infetados pelo coronavírus, todos em Wuhan. É detetado o primeiro caso nos Estados Unidos, num doente em Washington que tinha regressado da cidade de Wuhan.

Termina a missão de dois dias da Organização Mundial de Saúde na China (OMS) para partilha de informação e colaboração na resposta ao surto.

22 de janeiro – Macau confirma o primeiro caso da doença, numa altura em que há mais de 440 infetados. Começa o isolamento da cidade de Wuhan ao mundo, com as autoridades de saúde a cancelar voos e saída de comboios.

Portugal anuncia que acionou os dispositivos de saúde pública e tem em alerta o Hospital de São João, no Porto, o Curry Cabral e Estefânia, em Lisboa.

23 de janeiro - OMS reúne o seu comité de emergência na Suíça para avaliar se o surto constitui uma emergência de saúde pública internacional, mas decide não a decretar.

As autoridades chinesas proíbem entradas e saídas numa segunda cidade, Huanggan, a cerca de 70 quilómetros de Wuahn. As duas cidades têm em conjunto mais de 18 milhões de habitantes.

Alguns aeroportos no mundo, como no Dubai, nos Estados Unidos e nalguns países africanos, começam a tomar precauções para lidar com o fluxo de turistas chineses que tiram férias no Ano Novo Lunar, que coincide com o surto.

24 de janeiro – Confirmados em França os primeiros dois casos na Europa, ambos importados.

25 de janeiro – Número de mortos pela epidemia aumenta para 41, sendo todos os casos mortais na China. O Governo de Pequim decide suspender as viagens organizadas na China e ao estrangeiro.

Austrália anuncia primeiro caso confirmado e Hong King declara estado de emergência.

Primeiro caso suspeito em Portugal, mas as análises revelam que é negativo.

27 de janeiro – Primeira morte confirmada em Pequim.

O Centro Europeu de Controlo das Doenças pede aos estados-membros da União Europeia (UE) que adotem “medidas rigorosas e oportunas” para controlo do novo coronavírus.

Portugal equaciona fretar avião ara retirar portugueses que querem regressar de Wuhan.

28 de janeiro - O Mecanismo Europeu de Proteção Civil é ativado, a pedido de França, para repatriamento dos cidadãos franceses em Wuhan.

Confirmados dois casos, um na Alemanha e outro no Japão, de doentes com o 2019-nCoV que não estiveram na China, tendo sido infetados nos seus países por doentes provenientes de Wuhan.

Número de mortos na China aumenta para mais de 100. O Governo chinês envia quase 6.000 médicos de todo o país para a província de Hubei para reforçar a luta contra o novo surto.

29 de janeiro – Pelo menos 17 portugueses pedem para sair da China, quase todos na região de Wuhan.

Finlândia confirma primeiro caso.

A Rússia encerra a sua fronteira terrestre com a China ao tráfego rodoviário e ligações ferroviárias.

Divulgado estudo genético que confirma que o novo coronavírus terá sido transmitido aos humanos através de um animal selvagem, ainda desconhecido, que foi infetado por morcegos.

30 de janeiro – OMS declara surto como caso de emergência de saúde pública internacional, mas opõe-se a restrições de viagens e de trocas comerciais.

Número de mortos na China sobe para 169.

31 de janeiro – Governo dos Estados Unidos decide proibir a entrada de estrangeiros que tenham estado na China nos últimos 14 dias e impor quarentena a viajantes de qualquer nacionalidade provenientes da província de Hubei.

O Ministério da Saúde de Portugal anuncia que vai disponibilizar instalações onde os portugueses provenientes de Wuhan possam ficar em isolamento voluntário.

Surge o segundo caso suspeito em Portugal que acaba por se revelar também negativo.

Reino Unido confirma dois casos do novo coronavírus, quando a epidemia já chegou a 20 países.

01 de fevereiro – Austrália proíbe entrada no país a não residentes vindos da China.

Número de mortos ascende a 260, todos na China.

02 de fevereiro - Avião da Força Aérea Portuguesa que transportou os 18 portugueses retirados da cidade de Wuhan aterra ao princípio da noite na Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa. A bordo seguiam também duas cidadãs brasileiras que viajaram para Portugal. Vão ficar em quarentena voluntária por 14 dias.

As Filipinas anunciam o primeiro caso mortal do novo coronavírus no país, sendo também o primeiro fora da China.

03 de fevereiro – Análises aos repatriados por Portugal deram negativo para o coronavírus, mas permanecem em quarentena voluntária em instalações providenciadas pelo Ministério da Saúde.

OMS anuncia que está a trabalhar com a Google para travar informações falsas sobre o novo coronavírus.

Número de mortos pela infeção ascende a mais de 360, com mais de 17 mil infetados.

04 de fevereiro – Mais de 20 mil infetados pelo novo coronavírus, com os mortos a subirem para 426, mais 64 mortes na China registadas em 24 horas.

OMS avisa que o surto do novo coronavírus não é ainda uma pandemia.