A notícia está a ser avançada pela Sky News, citando fontes que prefere não nomear e detalhando que a decisão foi tomada esta sexta-feira, 20 de abril, numa reunião à porta fechada realizada hoje no Castelo de Windsor.
A decisão surge depois de um pedido da rainha aos chefes de Estado da Commonwealth, reunidos em Londres numa cimeira bianual.
Ontem, num discurso proferido no Palácio de Buckingham diante de 46 líderes dos 53 países que integram a Commonwealth (organização que congrega Estados e territórios que integraram no passado o império colonial britânico, sendo que Moçambique e Ruanda são exceções a esse critério de adesão), Isabel II disse esperar que a instituição continue a proporcionar “estabilidade” às gerações futuras e que isso é um dos seus mais “sinceros desejos”.
“Desejo que decidam um dia que o príncipe de Gales possa continuar a desempenhar o importante trabalho que o meu pai começou em 1949″, acrescentou a monarca, de 91 anos, que ocupa a liderança da Commonwealth desde que subiu ao trono em 1952.
Este lugar não é hereditário e como tal a função não é transferida de forma automática para o primogénito e primeiro na linha de sucessão ao trono britânico, em caso de morte da monarca.
O príncipe Carlos, que também esteve ontem presente no Palácio de Buckingham, disse que espera que esta cimeira, que começou hoje e que se prolonga até sexta-feira na capital britânica, “não só revitalize os laços” entre os países, mas que também dê “uma relevância renovada para todos os respetivos cidadãos”.
Também presente no evento, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou que os dois dias de cimeira vão ser dedicados a discutir diversas questões, nomeadamente a cibersegurança, o comércio, a conservação dos oceanos ou a acumulação de resíduos de plástico.
Isabel II liderou a organização desde que foi coroada, há 66 anos. A função é essencialmente simbólica, cabendo-lhe assegurar a unidade da comunidade de nações e garantir o cumprimento dos princípios e objetivos da organização.
À exceção de Moçambique e do Ruanda, a maioria dos membros da Commonwealth são antigas colónias do Reino Unido. Dezasseis Estados-membros, entre os quais a Austrália e o Canadá, reconhecem a rainha como chefe de Estado, mas a maioria são repúblicas independentes.
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