No encerramento do debate do programa do XXIV Governo Constitucional, Paulo Rangel considerou que o novo executivo veio “cheio de ânimo, de energia, de garra, de determinação” e “quer mesmo resolver os problemas concretos da vida dos portugueses”.
“Desenganem-se os que estão habituados a governos do ‘anuncia e adia ou até do ‘adia e anuncia’. O primeiro-ministro e o Governo vieram mesmo para fazer, para fazer acontecer, para mudar, para melhorar a vida do país, para melhorar a vida de todos nós”, disse.
A questão é, defendeu, “saber quem está, quem estará disponível para colaborar com o novo Governo na solução destes problemas”.
“Quem quer afinal resolver os problemas das Portuguesas e dos Portugueses?”, questionou.
Para o antigo eurodeputado, a inclusão de 60 propostas da oposição no programa do Governo é um sinal de abertura ao diálogo e considerou “injusta e impertinente” a crítica de que esta foi feita sem negociação prévia.
“Não devendo o programa do Governo ser negociado, ainda assim quis o primeiro-ministro que se desse um sinal claro de que não se antagonizavam nem se excluíam as oposições”, disse, enfatizando que, segundo a Constituição, “não é suposto nem desejável que o programa do Governo seja negociado com as oposições”.
Falando como ministro dos Negócios Estrangeiros, Rangel apontou a situação internacional como “a mais incerta e difícil desde a II Guerra Mundial”.
Rangel disse que o Governo está “seguro e certo de que Portugal pode contar com as forças políticas que, no governo ou na oposição, sempre convergiram nas linhas fundamentais da política externa, da política europeia e da política de defesa” e enfatizou que, diante deste novo contexto geopolítico e “com uma nova ordem-desordem mundial”, “Portugal precisa de estabilidade, Portugal precisa de responsabilidade”.
“De uma coisa o novo Governo está certo: se houver responsabilidade, haverá estabilidade e, nós Portugueses, poderemos atravessar mais seguros estes ‘mares nunca dantes navegados’, disse.
Por isso, acrescentou, o Governo está confiante que, num quadro de crise e incerteza internacional, “também na nossa vida interna, os partidos nela representados serão fonte de responsabilidade e de estabilidade”.
“A imprevisibilidade e a volatilidade implicam uma atenção redobrada às nossas Forças Armadas, a quem o novo Governo garante todo o apoio”, reforçou, realçando também o “valor e sentido de missão” da diplomacia.
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