Em declarações à Lusa, Joaquim Baltazar Pinto, indicou que os recursos, nas penas de expulsão, “têm efeito suspensivo” e que ninguém é expulso de sócio até que haja uma decisão da AG, assinalando que os 30 dias para a apresentação de recursos contam a partir da data da notificação dos visados, o que, neste caso, já aconteceu.

Nos casos de penas de suspensão, de que foram alvo outros elementos da direção presidida por Bruno de Carvalho, os recursos têm efeito “devolutivo e não suspensivo”, ou seja, “funciona logo a suspensão”, independentemente do recurso para a AG.

“É evidente que se a Assembleia Geral mantiver as penas de expulsão ficam expulsos do clube, já não ficam sócios do clube. Os outros, da suspensão, cumprirão os prazos da suspensão, e a partir do cumprimento desses prazos, passarão outra vez a ser sócios de pleno direito”, esclareceu o presidente do CFD do Sporting.

O juiz conselheiro jubilado no Supremo Tribunal de Justiça acrescentou que assim que receber eventuais recursos, nos termos dos estatutos do clube, serão encaminhados para o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Rogério Alves.

“Quando houver recurso, remeteremos os autos para o senhor presidente da Mesa da Assembleia Geral, que, quando entender, marcará a Assembleia Geral. A Mesa da Assembleia Geral não recebe ordens do Conselho Fiscal e Disciplinar e o Conselho Fiscal e Disciplinar é completamente independente e não recebe ordens do Conselho Diretivo”, sublinhou Joaquim Baltazar Pinto.

Pouco tempo depois de o Sporting anunciar as decisões do CFD, a irmã de Bruno de Carvalho revelou, numa publicação na rede social Instagram, que o ex-presidente do Sporting vai recorrer da expulsão de sócio do clube 'leonino'.

“Bruno de Carvalho vai recorrer da prepotente expulsão e os sócios vão mobilizar-se para serem ouvidos e para ser possível recuperar o carisma, garra e vibração ao nosso SCP [Sporting Clube de Portugal]”, refere a publicação de Alexandra Carvalho.

O Sporting tinha informado que Bruno de Carvalho, cuja presidência ficou marcada pelas agressões a jogadores da equipa de futebol e técnicos na Academia do clube, em Alcochete, no fim da época 2017/18, cometeu 12 infrações disciplinares graves, relacionadas com as contas do clube, publicações nas redes sociais e "obstaculização" da AG de destituição.

Além de Bruno de Carvalho, de 47 anos, foi também punido com a sanção de expulsão de sócio o antigo vice-presidente Alexandre Godinho, devido a 10 infrações disciplinares.

Da direção liderada por Bruno de Carvalho, foram ainda aplicadas ainda penas de suspensão por nove meses a Carlos Vieira (seis infrações), seis meses a Luís Gestas (quatro) e repreensão registada a Rui Caeiro (duas), tendo ainda sido decidido o arquivamento dos autos referentes a Luís Roque e José Quintela.

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