A Comissão, liderada pelo bispo de Liverpool James Jones, descobriu que outros 200 pacientes terão provavelmente sido também afetados pela mesma prática do Gosport War Memorial Hospital, no sul de Inglaterra, mas os registos clínicos desapareceram ou não foram encontrados.
"Houve um desrespeito pela vida humana e a esperança de vida de muitos pacientes terá sido encurtada com a prescrição de `doses perigosas´ de medicamentos clinicamente não indicados ou justificados", referiu James Jones, a propósito do caso de pacientes que entraram naquele hospital para reabilitação e foram sujeitos a tratamentos clinicamente injustificados.
James Jones, que liderou o inquérito, afirmou que o sistema falhou e afetou muitas famílias que agora avançaram com processos de natureza criminal contra os responsáveis.
"Este relatório é o resultado da tenacidade e da recusa em desistir" das famílias, indicou James Jones no relatório, documento que imputa responsabilidades profissionais a quem colocou em risco a vida dos pacientes.
O relatório adianta que a direção do hospital, a organização de saúde, a polícia, os procuradores, os políticos e as autoridades médicas falharam na proteção dos pacientes e das suas famílias, dando primazia à reputação do hospital e dos profissionais envolvidos.
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