Em declarações aos jornalistas no final do encontro, Michel Temer lembrou que o Brasil assumiu como tema da sua presidência rotativa de dois anos da CPLP, que agora se iniciou, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, ligada à agência das Nações Unidas (ONU).
O líder brasileiro destacou o "preciosíssimo relato" do futuro secretário-geral da ONU, António Guterres, presente na reunião, da situação mundial e dos seus planos para a liderança da ONU.
Com o português à frente da ONU, "a aproximação da CPLP com as Nações Unidas será muito mais facilitada e intensa do que já é", defendeu Michel Temer.
"Nós apresentámos um roteiro com atividades concretas na área de crescimento económico, geração de riqueza, erradicação da pobreza, combate ao analfabetismo e, para tanto, faremos troca de informações entre os vários países", referiu, ao dar conta dos vários resultados da reunião.
Numa declaração sem direito a perguntas, o Presidente do maior país da CPLP disse ainda que os Estados-membros adotaram a tese de que "cada país deve, no âmbito das suas atividades e segundo os seus critérios, dimensionar as suas despesas de acordo com a sua receita", algo que "já vêm praticando de alguma maneira".
Isto porque, "muitos países passam também por situações de gastos acima daquilo que se arrecada", lembrou o líder de um país que enfrenta uma recessão profunda.
"A política externa brasileira tem hoje uma vocação universalista", disse, vincando que a CPLP é "um dos grupos mais expressivos" na qual está inserida, também pela aproximação linguística.
O chefe de Estado lembrou ainda que hoje a CPLP tem também dez observadores associados.
Hungria, República Checa, Eslováquia e Uruguai foram aceites na segunda-feira, por aclamação, como observadores associados, juntando-se assim à ilha Maurícia, Namíbia, Senegal, Turquia, Japão e Geórgia.
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