De acordo com um estudo da organização não-governamental (ONG) ambiental Greenpeace, a rota entre Lisboa e Tires — a mais curta no país – subiu uma posição, de 2021 para 2022, na tabela da intensidade carbónica ao registar emissões de 108.68 quilos de dióxido de carbono (CO2) por quilómetro, num total de 118 voos de jatos privados para percorrer a distância de 20.37 quilómetros entre o aeroporto da capital e o aeródromo dos arredores de Lisboa.

No topo da tabela da intensidade carbónica, que analisa rotas com mais de dez voos por ano, está a rota entre Farnborough e Blackbushe, no Reino Unido, com 13 voos registados em 2022 para percorrer 7,41 quilómetros e que produziu 240,23 quilos de CO2 por quilómetro.

De Portugal partiram no ano passado 7.994 jatos privados, um aumento de 81% face a 2021, e que emitiram um total de 65,32 toneladas de CO2 (mais 98% que no ano anterior), o que resulta numa média de 8,2 toneladas de CO2 por quilómetro, o equivalente a 32.000 quilómetros num carro a gasolina.

Faro mantém-se o aeroporto com maior número de voos em jatos privados, tendo registado 2.684 voos, sendo Londres o principal destino, e a rota com maior número de voos a que parte e chega a Lisboa.

Lisboa e Porto estão, respetivamente, em segundo e terceiro lugar com 1.784 e 1.521 voos, sendo Londres o principal destino em ambos os casos.

O número de voos em jato privado aumentou, no mesmo período, 64% na Europa e as emissões de CO2 mais do que duplicaram, segundo a Greenpeace.

Em 2022, revela a ONG, França, Reino Unido e Alemanha lideraram a tabela de voos em jatos privados, sendo Nice (França), Paris e Genebra (Suíça) os três principais destinos.