“Tudo o que tenho a dizer sobre a saída do doutor Santana Lopes do PSD eu já falei. Não foi muito, mas é o pouco que me oferece dizer. Embora não concordando, olho para a posição do doutor Santana Lopes de sair do partido com respeito. Está no seu direito”, sustentou, em declarações aos jornalistas à margem da reunião do Partido Popular Europeu, em Salzburgo, na Áustria.
O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes entregou hoje “mais de 12 mil assinaturas” no Tribunal Constitucional para iniciar o processo de formalização do novo partido Aliança, que quer entre “os maiores partidos da política portuguesa”.
“A Aliança nasce para concorrer a todos os atos eleitorais e nasce não para ter um dígito, nasce para ganhar um lugar entre os maiores partidos portugueses, isso exige muito trabalho, falar muito com as pessoas”, afirmou Santana Lopes, em declarações aos jornalistas, depois de entregar as assinaturas.
No início de agosto, Santana Lopes confirmou, em declarações ao jornal ‘online’ Observador, a saída do PSD ao fim de 40 anos de militância e a intenção de formar um novo partido, Aliança.
Numa primeira reação, o presidente do PSD, Rui Rio, classificou a criação da Aliança por Santana Lopes como “o concretizar de um sonho” do antigo primeiro-ministro e desvalorizou os efeitos que poderá ter nos resultados eleitorais do seu partido.
“Se o PSD quiser ganhar eleições, não é na direita, ali a combater a Aliança ou o CDS-PP para ir buscar um ou dois por cento (…). Onde ganha é ao centro, onde exatamente está a abstenção”, sublinhou.
Mais tarde, no programa Bloco Central da TSF, Rio elogiou até a frontalidade” de Pedro Santana Lopes: “Posso discordar dele ter saído, podemos até achar que é incoerência, candidatou-se a líder e depois sai. Mas, há pelo menos uma frontalidade, sai e agora está legitimado para criticar”.
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