“É falso que haja turistas a mais no país. É falso que haja turistas a mais em Lisboa. É falso que haja turistas a mais no centro de Lisboa”, sublinhou o chefe da diplomacia nacional, que recusa ainda que o Turismo “seja uma ameaça para que dimensão for”.
Santos Silva afirmou ainda a “obrigação de explorar” a margem de crescimento que o setor ainda tem, apesar dos recordes registados, até para que “continue e se expanda” o crescimento económico e do emprego.
“É errado. É falso que haja turistas a mais e, do ponto de vista político, seria um disparate absoluto dizê-lo. É preciso ser franco”, afirmou ainda o ministro, acrescentando que tem usado “palavras duras quando é necessário”.
Em termos de Turismo, Portugal “já está na linha da frente, mas pode sê-lo ainda mais”, garantiu Santos Silva, argumentando que essa posição não tem por base apenas razões circunstanciais, como o “efeito de moda”, ser um “oásis de paz e segurança” em comparação com outros “ambientes extremamente turbulento” e a “estabilidade e resiliência social”.
As razões circunstanciais “estão muito longe de explicar o essencial da expansão recente e há uma razão estrutural, que é característica da nossa sociedade: a nossa maneira de ser”, defendeu o ministro, que elencou o traço nacional de “abertura ao outro e o cosmopolismo”.
A “capacidade histórica de relacionamento transversal” dos portugueses é expressa e potenciada pelo Turismo, afirmou o ministro, que recordou ainda a “riqueza de recursos naturais e culturais”, além dos recursos humanos de Portugal.
Mas o país deve ainda continuar a “oferecer novos produtos”, em termos de “vivências, experiências e relação de convivência”, indicou.
Neste congresso organizado pela Associação de Hotelaria de Portugal, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, garantiu, por seu lado, que se “está longíssimo da sobrecarga” de turistas e que situações pontuais “têm sido dirimidas”.
A antecipação, nomeadamente com o recente lançamento do programa de sustentabilidade de Turismo, foi recordada pela governante, que notou que “em vez de chorar, se está a agir na prevenção” e a solicitar também a ação da sociedade civil.
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