“No caso do Hospital Dr. Nélio Mendonça e Hospital dos Marmeleiros [no Funchal] será retomada toda a atividade clínica programada não urgente, relacionada com as consultas externas”, referiu a instituição em comunicado, adiantando que a “única exceção será a realização das análises e exames não urgentes”.
Nestas unidades, a atividade cirúrgica terá “algumas restrições” e só serão realizados todos os atos cirúrgicos urgentes e seguros.
“Os centros de saúde estarão a funcionar normalmente, com exceção da realização de análises e realização de alguns exames e vacinação”, informou o Sesaram.
De acordo com o Serviço de Saúde da Madeira, as comunicações telefónicas, que tinham sido afetadas pelo ataque informático, foram restabelecidas às 14:05 de hoje no Hospital Dr. Nélio Mendonça e no Hospital Dr. João de Almada, pelo que os utentes podem recorrer aos números normais de contacto.
O Serviço de Sangue e Medicina Transfusional tem, no entanto, um contacto preferencial para ser usado pelos dadores, em caso de dificuldade, pelo número geral 926087218.
“Apelamos aos utentes que tenham que se deslocar às unidades de saúde, por diferentes motivos, se façam acompanhar de toda a informação clínica que disponham na sua posse, nomeadamente relatórios de exames, análises clínicas e medicação”, adverte o Sesaram.
A instituição realça que, devido ao ciberataque, decidiu reativar o Processo Clínico Único em papel e criou uma “rede paralela”, ao nível informático, para assegurar o funcionamento dos sistemas internos.
No comunicado, o conselho de administração do Serviço de Saúde da Madeira realça manter o empenho em “minimizar o impacto negativo” do ataque informático e agradece aos utentes e profissionais a adaptação e reajustamento à situação provisória.
O tempo de recuperação do ciberataque ao Serviço de Saúde da Madeira, sinalizado às 08:11 de domingo e que provocou uma “disfunção na rede informática”, será, no entanto, “prolongado”, conforme indicou hoje o Serviço Cibersegurança do Governo Regional, apelando aos utentes para tomarem “cuidados redobrados” no acesso à informação.
“Prevê-se que o tempo de recuperação seja prolongado. Não conseguimos, nesta fase, dar um prazo expectável, mas não é algo que se resolva num dia”, disse Nuno Perry, responsável pelo Serviço de Cibersegurança do executivo madeirense, em conferência de imprensa no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.
O responsável adiantou que “não foi pedido nenhum resgate”, embora haja uma reivindicação da autoria do ataque.
“Há uma reivindicação do ataque, mas cabe agora aos órgãos de investigação criminal aferir da veracidade dessa alegação, porque muitas vezes temos situações que não são claras nesse domínio”, afirmou Nuno Perry.
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