“Todos têm os planos de contingência em módulo inverno ativados desde outubro e cada medida é ativada conforme as necessidades”, disse hoje à agência Lusa a delegada de saúde do Alentejo, Filomena Araújo.

Segundo a responsável, que dirige o Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, por enquanto, apesar do frio, “ainda não se justificou” o reforço dos planos de contingência.

Como exemplo de medidas que podem vir a ser adotadas, perante as temperaturas baixas previstas para os próximos dias e a época de gripe, Filomena Araújo apontou o alargamento do horário das consultas nos centros de saúde.

“O horário das consultas nos cuidados de saúde primários ainda não foi alargado”, mas sê-lo-á “se a procura assim o justificar”, afiançou.

A delegada de saúde do Alentejo explicou que “a altura da gripe ainda não começou” na região e que os casos que têm aparecido são de utentes com “infeções respiratórias, próprias do inverno e do frio”.

“O que temos estado a fazer é a reforçar a necessidade de as pessoas, antes de saírem de casa e irem a correr para o hospital ou para o centro de Saúde, contactarem primeiro a linha Saúde 24, que lhes dará apoio e as encaminhará devidamente”, destacou.

Filomena Araújo disse ainda esperar que os casos de gripe comecem a surgir no Alentejo “no fim desta semana ou princípio da próxima” e reforçou o apelo para que as pessoas “contactem a linha Saúde 24”, para “evitar sobrecarregar os hospitais”.

No distrito de Portalegre, a diretora clínica da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), Vera Escoto, disse hoje à Lusa que a situação está “controlada” nos centros de saúde e nas urgências dos hospitais de Portalegre e Elvas, sem subida da afluência de utentes.

O plano de contingência está ativado, mas só terá aumento de recursos humanos, dentro das possibilidades da ULSNA, se assim se justificar, acrescentou.

No Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém (Setúbal), a situação nas urgências "tem-se mantido normal" e, em alguns dias, o afluxo de doentes até "foi ligeiramente abaixo" do habitual nesta época, esclareceu à Lusa Luís Matias, presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA).

“Mas, com estas temperaturas baixas, é expectável que nos próximos dias as ocorrências venham a aumentar", afirmou, admitindo o reforço da ativação do plano de contingência, ainda que “a falta de recursos humanos” possa vir a “dificultar a capacidade de resposta”.

"Para a máxima severidade do plano temos um espaço físico, utilizado anteriormente pelos cuidados paliativos, que pode voltar a funcionar, mas faltam-nos equipas de enfermeiros e assistentes operacionais", alertou.

Fonte da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) disse hoje à Lusa que, entre a passada quarta-feira e este domingo, o serviço de urgência do Hospital de Beja, em que foram admitidos cerca de 160 doentes, teve “uma afluência considerada estável”.

“O pico da gripe é esperado dentro de alguns dias e a situação está a ser monitorizada diariamente, através dos diagnósticos à saída” da urgência, nomeadamente de infeções respiratórias e sintomas gripais, indicou a fonte, referindo que a informação é comunicada aos centros de saúde da ULSBA “para, na proximidade, acompanharem os doentes”.

Com o plano de contingência ativado, a instituição está “preparada para adequar a oferta de cuidados à procura e às necessidades da população”, afiançou.

Também o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) referiu à Lusa que “os tempos de espera registados” na urgência “estão dentro das médias previstas para esta época do ano” e que o plano de contingência em vigor “vai sendo ativado nas suas diferentes componentes em função das necessidades”.

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