Hoje, os estivadores iniciam, pelas 15:00, uma manifestação entre o Cais do Sodré e a Assembleia da República, em Lisboa, que contará com uma delegação da CGTP-IN, encabeçada pelo secretário-geral, Arménio Carlos.

A greve será de 24 horas hoje e na sexta-feira e irá abranger os portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal (Madeira), Ponta Delgada e Praia da Vitória (Açores). Nos dias seguintes, a greve passa a ser apenas ao trabalho extraordinário.

De acordo com um comunicado do SEAL, na base destes protestos está “a crescente proliferação de prática antissindicais nos diversos portos portugueses”.

No mesmo documento, o sindicato esclareceu que a greve envolverá todos os trabalhadores portuários efetivos e também aqueles que possuam vínculo contratual de trabalho portuário de duração limitada.

“As empresas portuárias dos referidos portos, em inúmeros casos coniventes com os sindicatos locais, protagonizam e induzem uma série de comportamentos que configuram diferentes tipos de assédio moral, desde a perseguição à coação, desde o suborno à discriminação, desde as ameaças de despedimento até à chantagem salarial”, indicou o sindicato no comunicado.

Nos portos de Leixões, Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal, Sines, Caniçal, Praia da Vitória e Ponta Delgada a greve incidirá também sobre todas as operações realizadas, seja qual for o período de trabalho, “para a execução das quais as entidades empregadoras contratem ou coloquem trabalhadores estranhos à profissão” e que não integrem o efetivo.

No porto da Figueira da Foz, “a greve materializar-se-á ainda na abstenção da prestação de todo e qualquer trabalho durante todas as terças e quintas-feiras”.

Por sua vez, no porto do Caniçal e no porto da Praia da Vitória a greve incidirá sobre todo e qualquer trabalho, em todas as operações, independentemente do período, a partir do momento em que a entidade empregadora coloque a trabalhar funcionários que não se dedicam à estiva.