Em comunicado, a iniciativa Cidadãos pela Cibersegurança (CpC) expõe a situação que envolveu o IPMA logo após o abalo desta segunda-feira. "Numa ocorrência deste tipo seria de esperar que o site do IPMA fosse a principal, mais fiável e segura fonte de informação. Infelizmente não foi", denuncia a CpC, já que o website "esteve em baixo entre as 05:11 e, pelo menos até às 05:40/05:55".

No entender da CpC, "isto significa que quando acontecer o grande sismo que se sabe que irá acontecer – mais cedo ou mais tarde – os sistemas do IPMA não serão resilientes ao aumento de acessos (supondo que as redes móveis e de internet resistem) e, provavelmente, ao próprio sismo".

A iniciativa cidadã sugere então uma série de medidas que passam pela implementação de "um bom sistema de balanceamento de Carga", a "utilização de CDN (Content Delivery Network) para armazenar cópias do conteúdo do site em servidores distribuídos geograficamente, permitindo que os usuários acedam recursos de um servidor próximo", e uma "optimização do código e site tendo em vista a redução da carga de acessos.

Além disso, é pedido ao IPMA que "avalie o alojamento do site em plataformas na nuvem que permitam escalar automaticamente os recursos com base na procura" e "tenha um plano para lidar com a perda total de acessos e de servidores em cidades como Lisboa".

No entender da CpC, o IPMA "poderia minimizar o risco de que o seu site seja colocado fora do ar devido a um grande número de acessos, garantindo o acesso às importantes informações que apenas o IPMA pode fornecer ao público com o rigor e exigência que se lhe reconhece".

O sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter, com o epicentro localizado a cerca de 60 quilómetros a oeste de Sines, no distrito de Setúbal, foi registado às 05:11 de segunda-feira, sem causar danos pessoais ou materiais.

O abalo teve uma intensidade máxima de IV/V na escala de Mercalli, classificada como moderada a forte, sendo seguido de seis réplicas de magnitude inferior, variável entre 0,9 e 1,6, segundo uma informação atualizada pelo IPMA.

O terramoto foi sentido em várias zonas de Portugal continental, com maior intensidade nas áreas de Setúbal, Lisboa, Beja, Faro, Santarém e Leiria, de acordo com a mesma informação.