O júri do concurso destaca o seu papel “fundamental” no estudo das migrações internacionais, “um dos grandes desafios das sociedades contemporâneas”, área onde avançou com novos conceitos, como o do “enclave étnico” e “integração segmentada” que explicam que os fluxos migratórios podem beneficiar tanto os imigrantes como os países de acolhimento.
Os jurados também sublinham as suas contribuições para o estudo das minorias nos Estados Unidos da América, numerosos trabalhos na América Latina e em Espanha.
Nascido em Cuba em 1944, Alejandro Portes é considerado um dos sociólogos de maior prestígio internacional, sendo membro da Academia Americana das Artes e das Ciências e da Academia Nacional das Ciências dos Estados Unidos.
Este é o sexto galardão que a fundação espanhola já anunciou este ano, depois de ter concedido ao encenador britânico Peter Brook o prémio das Artes, ao Museu do Prado o da Comunicação e Humanidades, à Academia Khan o da Cooperação Internacional, à ex-esquiadora norte-americana Lindsey Vonn o prémio dos Desportos e à escritora norte-americana Siri Hustvedt o das Letras.
O Prémio Princesa das Astúrias das Ciências Sociais foi concedido, em anos anteriores, a personalidades como Michael J. Sandel (2018), David Attenborough (2009), Mary Robinson (2006), Paul Krugman (2004), entre outros.
Cada um dos premiados com o Prémio Princesa das Astúrias recebe uma escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró — símbolo que representa o galardão -, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia, que são entregues numa cerimónia solene presidida pelo rei de Espanha, Felipe VI, que terá lugar em outubro no teatro Campoamor, em Oviedo.
Os Prémios Princesa das Astúrias distinguem o “trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário” realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.
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