Depois das duas derrotas seguidas, com o Santa Clara (3-2, fora) e o Boavista (1-0, em casa), os ‘arsenalistas’ perderam terreno para os adversários mais diretos, incluindo o Famalicão, mas o técnico está convicto que o Sporting de Braga vai dar uma imagem diferente já no terreno dos vizinhos minhotos.
“A resposta durante a semana foi passada fundamentalmente por eles, ninguém sente mais isto que eles. Senti-os tristes, revoltados por estes dois resultados, mas, mais importante, senti-os firmes e com vontade de mostrarem a qualidade que têm e entrarem o mais rapidamente possível em campo e ganhar”, disse na antevisão da partida.
O treinador admitiu que a equipa, “inconscientemente”, pode entrar mais pressionada depois de perder a vantagem pontual para os adversários mais diretos, mas frisou que “a confiança é máxima”.
“Só quero que eles se divirtam e joguem o futebol que sabem, que é muito”, disse.
Sobre se ele próprio sente mais pressão, frisou que, para ele, “o Braga está acima de qualquer treinador ou jogador”.
“É um facto que a distância para o Sporting não existe [estão em igualdade pontual], que para os outros diminuiu, é um facto que a pressão é maior. Tudo o resto não é importante”, disse.
O técnico disse ainda que não mudará de matriz de jogo.
“A jogadores deste nível, como posso tirar-lhes a bola, como posso pedir-lhes isso, como posso mudar a nossa ideia por causa de dois resultados? Temos de continuar a acreditar no que fazemos”, disse.
Custódio Castro deixou elogios ao Famalicão, quinto classificado, a apenas três pontos dos bracarenses.
“É uma belíssima equipa, tem um grande treinador, vai escondendo os seus objetivos, o que é normal, não precisam dessa pressão e de o assumir, mas é uma equipa que está na luta pelos lugares europeus. Estrategicamente, aborda o jogo, em termos de pressão, numa zona mais baixa, o que os resguarda um pouco mais. Com bola, com os jogadores de qualidade que tem, tenta um jogo mais elaborado, mas é uma equipa forte nas transições também. Fizeram seis pontos nestas duas jornadas que tornam a equipa confiante”, analisou.
O Famalicão tem o terceiro melhor ataque da prova (43 golos), a par do Sporting de Braga e do Vitória de Guimarães, mas também a segunda pior defesa de toda a I Liga, sendo mesmo a pior em casa, com 22 golos sofridos.
“Não seria muito elegante da minha parte esmiuçar porque é que sofre tantos golos. Cabe-nos a nós explorar o que vimos, seguir o nosso plano de jogo e tentar trazer os três pontos”, disse.
Das duas rondas realizadas após a interrupção de quase três meses por causa da pandemia de covid-19, Custódio Castro considera haver um padrão.
“As equipas que, normalmente, baseiam o seu jogo em organização ofensiva estão a ter mais dificuldades porque tudo o que for mais criativo demora mais tempo a adquirir, mas nada justifica ou é desculpa com o que se tem passado connosco. Podemos e devemos fazer muito mais”, disse.
Sporting de Braga, terceiro classificado, com 46 pontos, e Famalicão, quinto, com 43, defrontam-se a partir das 21:15 de sexta-feira, no Estádio Municipal de Famalicão, jogo que será arbitrado por Hugo Miguel, da associação de Lisboa.
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