A informação foi avançada inicialmente pelo Correio da Manhã e, entretanto, confirmada à Lusa por fonte do hospital prisional, que indicou que o estudante universitário, de 18 anos, vai passar pelo menos esta noite naquela unidade. O jovem tinha sido levado a meio da tarde para o Estabelecimento Prisional de Lisboa, depois de ter passado grande parte do dia no Campus da Justiça, mas ficou lá por poucas horas.
O arguido, que ficou indiciado pelos crimes de terrorismo e detenção de arma proibida, foi hoje presente a juiz no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), tendo optado por não prestar declarações durante o interrogatório. No final, a juíza decretou a prisão preventiva para o jovem, devido a “fortes indícios de existir a continuação da atividade criminosa e da perturbação da tranquilidade pública”, segundo fonte oficial do tribunal.
Ato contínuo, o advogado que representou o jovem nesta diligência, Jorge Pracana, confirmou à saída do interrogatório que iria recorrer da medida de coação, embora tivesse considerado “ajustada” em declarações aos jornalistas. “Pode ser revista e provavelmente terá de ser, porque eu vou requerer nesse sentido”, referiu.
O arguido foi detido na quinta-feira pela PJ, que disse ter impedido assim uma “ação terrorista” e ter apreendido várias armas proibidas. Em comunicado com o título “Impedida ação terrorista”, a PJ adiantou que a investigação que levou à detenção foi desencadeada “por suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa”.
Através da Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT), a PJ encetou na quinta-feira de manhã a operação, cumprindo mandados de busca domiciliária.
Segundo o comunicado da PJ, foram apreendidos “vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais”. Além de armas proibidas foram apreendidos outros artigos, “suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos” e vasta documentação, “além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear”.
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