Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), Rui Lázaro, disse que estes profissionais estão “cansados de não verem a sua profissão valorizada e o seu trabalho reconhecido”.
O responsável diz que os profissionais admitem levantar a greve ao trabalho extraordinário “se virem revisto de imediato e refletido no Orçamento do Estado o índice remuneratório, para níveis minimamente aceitáveis, ao nível das outras carreiras que operam na emergência médica e no INEM”.
“A outra carreira que está no INEM com funções em tudo idênticas às nossas é a carreira de enfermagem, que irá para valores acima dos 1.300 euros. Portanto, abaixo de valores destes não interessará aceitar aos técnicos de emergência pré-hospitalar”, exemplificou.
Na semana passada, o Governo negociou com diversos sindicatos dos enfermeiros o descongelamento da progressão salarial, com o pagamento de retroativos a janeiro deste ano, num universo que abrange cerca de 20 mil destes profissionais de saúde.
Segundo explicou, na altura, o secretário de Estado da Saúde, estes 20 mil enfermeiros “terão uma subida de uma ou de duas posições remuneratórias”.
Este reposicionamento — explicou Ricardo Mestre – representa um esforço orçamental por parte do Governo de cerca de 72 milhões de euros este ano, valor que subirá para cerca de 80 milhões nos anos seguintes.
Em declarações à agência Lusa a propósito desta reunião, agendada para as 11:00, o ministro Manuel Pizarro disse que o Governo está empenhado numa estratégia negocial com todos os profissionais da área da saúde, acrescentando: “Veremos como corre esse diálogo, mas estou confiante em que pelo menos o ambiente se desanuviará e as relações melhorarão”.
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