Os trabalhadores “aceitaram uma última proposta que a empresa tinha feito aqui há um tempo”, de integrar no salário 75% do subsídio de assiduidade, disse à Lusa o dirigente da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), Paulo Lopes.

O dirigente salientou ainda que o subsídio já era recebido pelos trabalhadores, mas agora passa a integrar o salário base e “desaparece como subsídio”, salientando que irá ter um “reflexo no valor da hora” de trabalho.

“Por exemplo, todos os que façam horas extraordinárias passam a ter um valor mais elevado”, afirmou, acrescentando que o valor “ronda os 150 euros”.

Os trabalhadores da Soflusa reuniram-se hoje em plenário no Barreiro após as suas reivindicações terem sido discutidas com o ministro do Ambiente e continuarem sem resposta.

OS trabalhadores da Soflusa, juntamente com os da Transtejo, fizeram várias greves parciais durante este ano, a última das quais em 21 de setembro, devido a falhas nas negociações salariais entre a administração da empresa e os sindicatos, tendo o Ministério do Ambiente reunido igualmente com os sindicatos na tentativa de desbloquear a situação.

Os trabalhadores da Transtejo têm agendado para a tarde de hoje um plenário de forma para analisarem também as propostas da administração da empresa, que é comum com a da Soflusa.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.