Numa nota enviada à agência Lusa, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Sintap) afirma que “os trabalhadores da saúde foram empurrados para a greve” devido “à ausência de resposta por parte do Governo, em particular dos ministérios da Saúde e das Finanças no que respeita à resolução dos inúmeros problemas vividos diariamente pelos trabalhadores dos hospitais EPE”.
O Sintap alerta para a “progressiva degradação” das condições de trabalho e da qualidade dos serviços na dependência do Ministério da Saúde (MS).
“Com esta jornada de luta, que engloba os trabalhadores em regime de contrato de trabalho em funções públicas e os trabalhadores com contrato individual de trabalho, pretende-se pressionar os governantes e as administrações dos hospitais EPE no sentido de tomarem medidas tendentes a resolverem os problemas que exigem resposta urgente”, refere a estrutura sindical, em comunicado.
Entre os problemas citados destaca a progressão nas carreiras para todos os trabalhadores, a dignificação das carreiras da área da saúde, o reforço de recursos humanos nos quadros de pessoal dos hospitais EPE e demais serviços tutelados pelo Ministério da Saúde.
O pagamento das horas de trabalho extraordinário vencidas e não liquidadas, a inclusão de todos os trabalhadores na ADSE, o cumprimento do acordo coletivo de trabalho para os trabalhadores com contrato individual de trabalho, de forma a conferir-lhes um regime de carreira, em condições de igualdade face aos colegas em regime de contrato de trabalho em funções públicas.
Reivindicam igualmente a contagem do tempo de serviço, a adoção do vínculo único e a defesa do Serviço Nacional de Saúde.
“O Sintap insta o Governo a iniciar processos negociais com a máxima brevidade, “de modo a evitar o crescimento do descontentamento e a manutenção de um clima tendente a agravar as formas de luta que visam alcançar soluções para as justas reivindicações dos trabalhadores”.
Comentários