“O acordo sobre as questões pecuniárias era a principal reivindicação dos trabalhadores da TST”, disse à agência Lusa Fernando Fidalgo, da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), pouco depois de terminar o plenário de trabalhadores nas instalações da TST, no Laranjeiro, em Almada.

“Alcançado este acordo sobre matéria pecuniária, vamos prosseguir as negociações para o clausulado do novo Acordo de Empresa, que acreditamos ser possível de alcançar até final de setembro”, acrescentou.

O pré-acordo que tinha sido negociado entre a administração da TST, FECTRANS, Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA) e Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM) garante também aos motoristas um salário de 940 euros, que já incluiu um acréscimo de 25% pela prestação do serviço de agente único (em que o motorista tem de efetuar também as funções de cobrador).

Segundo Fernando Fidalgo, este acréscimo de 25%, pela prestação de serviço como agente único, será pago com base num horário de trabalho de oito horas/dia e integrado no salário, ao contrário do que acontecia anteriormente, em que os trabalhadores recebiam em média cerca de 5,5 horas/dia.

“Isto significa também que, em termos futuros, aconteça o que acontecer, mesmo que os motoristas deixem de exercer como agente único, já não perdem o direito a este acréscimo de 25%, que passa a estar integrado no salário”, sublinhou Fernando Fidalgo.

A TST, detida pelo grupo Arriva, desenvolve a sua atividade na Península de Setúbal, abrangendo os concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal, e efetuando serviços de transporte de passageiros, através de carreiras urbanas, suburbanas e rápidas.

A agência Lusa tentou ouvir também a administração da empresa, mas não foi possível até ao momento.