Dados da IGAI, divulgados no relatório de atividades de 2016 daquele organismo de fiscalização da atividade das polícias, indicam que 15 pessoas foram mortas por militares da GNR e 16 por elementos da PSP, entre 2006 e 2016, em resultado de operações policiais.
De acordo com a IGAI, em 2014 e 2015 não se registaram cidadãos mortos em resultado de intervenção direta de elementos das forças de segurança em consequência de operações policiais.
A IGAI indica ainda que 2006, 2008, 2009 e 2010 foram os anos em que mais cidadãos foram mortos por polícias, registando-se cinco vítimas mortais em cada um.
Em 2016, a PSP e a GNR mataram quatro pessoas em consequência da sua atividade policial.
O Ministério da Administração Interna anunciou que a IGAI abriu um inquérito para apurar em que circunstância ocorreu a morte de uma mulher durante uma perseguição policial hoje em Lisboa.
A mulher morreu depois de a viatura em que seguia ter sido confundida com uma outra envolvida num assalto a uma caixa multibanco em Almada. Os assaltantes colocaram-se em fuga, levando as autoridades a iniciar uma perseguição, que atravessou a Ponte 25 de Abril e chegou à Rotunda do Relógio, junto ao aeroporto de Lisboa.
Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) refere que, por volta das 03:35 de hoje, na zona da Encarnação, Lisboa, foi detetada por elementos policiais “uma viatura que aparentava corresponder às características da viatura suspeita, cujo condutor desobedeceu à ordem de paragem”.
“Esta viatura, durante a fuga, tentou atropelar os polícias, que tiveram de afastar-se rapidamente para não serem atingidos e, em ato contínuo, os polícias foram obrigados a recorrer a armas de fogo. Mais à frente, a viatura voltou a desobedecer à ordem de paragem por outra equipa de polícias, tendo sido intercetada pouco tempo depois”, relata o comunicado.
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