“O Presidente [Donald Trump] vai permanecer nos Estados Unidos para supervisionar a resposta norte-americana em relação à Síria e acompanhar atentamente os acontecimentos globais”, referiu a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, citada num comunicado, acrescentando que o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, irá no lugar do chefe de Estado.

Estava previsto que Trump viajasse na sexta-feira, dia 13, para a capital peruana, Lima, onde vai decorrer até sábado a Cimeira das Américas, encontro que reúne os países do continente americano.

Ainda no sábado, o Presidente dos Estados Unidos iria deslocar-se à Colômbia, para manter um encontro em Bogotá com o seu homólogo colombiano e Nobel da Paz, Juan Manuel Santos.

Seria a primeira viagem de Donald Trump à América Latina desde que chegou à Casa Branca, em janeiro de 2017.

Na segunda-feira, Trump afirmou que iria responder de forma vigorosa ao alegado ataque químico cometido no sábado contra a cidade rebelde de Douma, na Síria, e prometeu então que a decisão dos Estados Unidos seria conhecida dentro de 24 a 48 horas.

Em declarações aos jornalistas, o chefe de Estado norte-americano referiu ainda que não existiam opções fora da mesa.

“Se foi a Rússia, se foi a Síria, se foi o Irão, se foram todos juntos, vamos descobrir”, disse Trump na mesma ocasião.

Organizações apoiadas pelos Estados Unidos denunciaram que pelo menos 42 pessoas, entre as quais várias crianças, morreram em Douma, o último bastião rebelde em Ghouta oriental, nos arredores de Damasco, com sintomas associados a um ataque com armas químicas.

O ataque contra Douma ocorreu dias depois de Trump ter reiterado a sua disposição para deixar a Síria.