Neste documento revelou-se que em 2016 houve 15.892 matrimónios desfeitos no país norte-africano, que tem uma população de 11 milhões de habitantes, o que dá uma média mensal de 1.248 e a mencionada diária de 41.
A maioria das ruturas de casamento ocorreu por decisão “unilateral”, isto é, por decisão de um dos conjugues.
A lei islâmica, ou ‘sharia’, é mais indulgente com o homem, a quem não exige razões para acabar com o casamento nem requer o consentimento da esposa, sendo muito mais restritiva com a mulher.
Normalmente, quando é esta a tomar a iniciativa de acabar com a ligação matrimonial, perde os direitos de dote, ou compensação económica.
Esta compensação é calculada por um juiz e é reclamada pelo membro do casamento que não solicitou o divórcio.
Na Tunísia, este tipo de compensação costuma rondar os mil dinares (cerca de 350 euros), o que, juntamente com o facto de não ser requerida uma separação prévia, faz com que os números de divórcios sejam tão altos, segundo os analistas.
Esta estatística foi conhecida uma semana depois de a Agência Nacional de Família e População quantificar em mais 16 mil o número de abortos anuais, consequência na sua maioria de violações.
Este levantamento permitiu ainda apurar que 80% dos abortos são feitos por mulheres casadas e que um quarto do total é feito sem intervenção de médico.
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