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A Ucrânia terá aceite um acordo de paz mediado pela administração Trump para pôr fim ao conflito com a Rússia, avançou esta terça-feira um responsável norte-americano.

Um resumo do que aconteceu até hoje

Em fevereiro de 2022 a Rússia invadiu a Ucrânia e a escalada militar provocou uma crise humanitária e energética na Europa e um reforço das sanções contra Moscovo.

Ainda na era Biden, os Estados Unidos assumiram um papel central na coordenação das negociações, em parceria com países europeus e organizações internacionais.

A diplomacia passou a incluir encontros diretos entre altos responsáveis norte-americanos e representantes russos em locais neutros, como Abu Dhabi, para discutir condições preliminares de cessar-fogo.

O acordo mediado pelos EUA

A Ucrânia aceitou esta terça-feira os principais termos de um acordo de paz mediado pelos Estados Unidos.

Entre outros pontos, o entendimento abrange o estatuto da região de Donetsk e garantias de segurança para a Ucrânia, com detalhes finais ainda a serem definidos.

As negociações envolveram representantes da Ucrânia, EUA e parceiros europeus, com discussões em Genebra durante o fim de semana e encontros adicionais em Abu Dhabi, nesta terça-feira, entre representantes norte-americanos e russos.

Entretanto, está prevista a visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Washington antes do final de novembro para formalizar o acordo.

Até ao momento, a Rússia não se pronunciou oficialmente sobre a aceitação do acordo, e os detalhes finais continuam a ser negociados entre os EUA, a Ucrânia e parceiros europeus.

O que a Rússia poderá exigir para assinar também o acordo?

De acordo com as mais recentes declarações de autoridades russas, estes são alguns dos pontos em cima da mesa:

  • Reconhecimento do estatuto das regiões separatistas;
  • Reconhecimento do controlo russo ou autonomia significativa sobre regiões como Donetsk e Luhansk;
  • Moscovo tem exigido que a Ucrânia se comprometa a não integrar a NATO ou a qualquer aliança militar ocidental, mantendo uma posição de neutralidade;
  • A Rússia poderá querer limitações à presença militar estrangeira no território ucraniano e um controlo sobre armas que possam ameaçar a sua segurança;
  • A Rússia procura que o acordo seja formalmente reconhecido por potências ocidentais, evitando sanções ou ações contra Moscovo relacionadas com o conflito;
  • Há possibilidade de a Rússia querer garantias sobre contratos energéticos e económicos, incluindo exportação de gás e petróleo, além de proteções comerciais em regiões de influência russa.

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