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A visita foi confirmada por Yuri Ushakov, conselheiro próximo de Vladimir Putin. Trump já tinha dito que encarregara Witkoff de encontrar-se com o presidente russo, acrescentando que o Secretário do Exército dos EUA, Dan Driscoll, seria enviado à Ucrânia. Jared Kushner poderá também participar nas conversações, avança a BBC.

O plano norte-americano, cuja versão inicial tinha 28 pontos, foi ontem ajustado com contributos de ambas as partes. Implicaria concessões territoriais “dos dois lados” e mudanças na fronteira. No entanto, Moscovo diz não ter ainda recebido a nova versão e avisa que não aceitará alterações profundas ao rascunho inicial, que considerava uma base possível. Lavrov acusou ainda a Europa de minar os esforços dos EUA.

Persistem divergências fundamentais, incluindo garantias de segurança para Kiev e o controlo de regiões atualmente em combate. Zelensky afirma estar disponível para reunir com Trump ainda este mês para resolver “pontos sensíveis”. O presidente ucraniano também indicou que o plano foi reduzido, com algumas disposições eliminadas.

Trump escreveu que encontrar-se-á com Zelensky e Putin só quando o acordo estiver finalizado ou muito próximo disso. Os líderes europeus, porém, mostram cepticismo: Macron afirma não ver vontade russa de um cessar-fogo, e Londres avisa que o caminho será difícil.

Entretanto, Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer lideraram uma reunião da “coligação dos dispostos”, que estuda garantias de segurança para a Ucrânia e até um possível contingente de manutenção de paz. Com os EUA, concordaram criar uma força de trabalho para acelerar esses esforços.

O principal obstáculo continua a ser a exigência de Putin para que a Ucrânia reconheça legalmente os territórios ocupados pela Rússia — Donetsk, Luhansk, Crimeia e partes de Kherson e Zaporizhzhia. A versão inicial do plano americano previa que Kiev cedesse territórios que ainda controla, renunciasse à adesão à NATO e reduzisse drasticamente as suas forças armadas, pontos que alinham com exigências russas e que geraram críticas ucranianas e europeias.

Apesar da diplomacia em curso, os combates prosseguem, incluindo ataques na região de Zaporizhzhia que deixaram feridos e cortes de eletricidade. Desde o início da invasão em 2022, dezenas de milhares de soldados e milhares de civis morreram ou ficaram feridos, e milhões foram deslocados.

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