Num comunicado enviado hoje à agência Lusa, o MUSP mostra satisfação pela entrada em vigor do passe único na Área Metropolitana do Porto (AMP) e "saúda todos aqueles que ao longo de anos lutaram" por esta realidade, mas exige medidas.

"Perspetivando-se uma maior afluência de utentes aos transportes públicos - basta ver que numa família de quatro pessoas, duas vão ter o passe gratuito -, há que acautelar desde já os serviços necessários para o esclarecimento dos utentes e para o processamento dos novos títulos de transporte", lê-se no comunicado.

O MUSP sugere, assim, a criação de postos de informação e atendimento e pede que os atuais locais de venda sejam reforçados em pessoal e que tenham horários alargados.

"Esta é uma questão importante”, refere o movimento, acreditando que, face à “afluência e adesão a esta nova modalidade” torna-se “necessário reforçar a oferta, principalmente durante os primeiros tempos".

O movimento pede aos responsáveis que criem medidas para evitar filas e congestionamento de serviços de forma a que "as expectativas criadas por esta decisão não sejam frustradas pela falta de informação e desarticulação das entidades".

"Esta é uma vitória dos utentes, uma conquista do direito à mobilidade e a uma melhor qualidade de vida", conclui o MUSP.

Em causa está o passe único que agrega todos os operadores de transportes da AMP e que custará 30 euros mensais para deslocações dentro do mesmo concelho, ou até três zonas.

Já com um passe de 40 euros mensais será possível viajar por toda a AMP (17 concelhos).

Outra das características deste passe é que uma família, quer o agregado familiar tenha dois, três, quatro, ou mais elementos, só despende no máximo 80 euros para viagens na AMP ou 60 mensais para o seu concelho. Contudo, ainda não há data para a entrada em vigor deste passe na região.