“No dia de ontem [sábado], só na cidade Caracas, houve mais de 90 feridos”, afirmou o deputado da oposição José Manuel Olivares em conferência de imprensa, acrescentando que na vizinha localidade de San Antonio de los Altos houve “30 feridos nas manifestações”.

A Venezuela completou no sábado 50 dias de manifestações contra o Presidente do país, Nicolás Maduro, durante as quais morreram pelo menos 47 pessoas, segundo dados confirmados pelas autoridades.

Num comunicado hoje divulgado, a Cruz Vermelha da Venezuela indicou que nos últimos 50 dias assistiu 268 pacientes, “fundamentalmente feridos pelo impacto de chumbo e de projeteis, contusões gerais, queimaduras e perturbações respiratórias”.

Do total de feridos assistidos pela Cruz Vermelha, 62 foram-no em Caracas, 81 no estado de Lara (oeste), 63 em Mérida (oeste), 58 em Carabobo (centro) e quatro em Barinas (oeste).

Segundo José Manuel Olivares, um dos feridos de San Antonio, localidade do estado de Miranda (centro), foi ferido “por arma de fogo” no abdómen, mas “felizmente” foi alvo de uma intervenção cirúrgica e está fora de perigo.

Dos restantes feridos de Caracas, o deputado assegurou que três estão em “estado clínico delicado”: dois com “trauma torácico” por impacto de uma granada lacrimogénea e outro com “fratura” na cabeça, que atribuiu a outra granada lacrimogénea.

“A violência, como sempre, por parte dos corpos de segurança do Estado. Insistimos com a mensagem de que reflitam se são o exercito de [o libertador Simón] Bolívar ou se são assassinos”, referiu José Manuel Olivares.

O deputado afirmou que San Antonio de los Altos viveu “dias brutais de repressão por parte da Guarda Nacional Bolivariana”, a polícia militarizada.

Na Venezuela, as manifestações a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde 01 de abril, depois de o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) divulgar duas sentenças que limitavam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assumia as funções do parlamento.

Entre queixas sobre o aumento da repressão, os opositores manifestam-se ainda contra a convocatória a uma Assembleia Constituinte, feita a 01 de maio último pelo Presidente Nicolás Maduro.

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