A iniciativa de retirar daquele local os restos do ditador “consolida raízes democráticas na sociedade espanhola”, pois Franco “está enterrado onde estão tantas vítimas (…) do seu golpe de Estado e da sua ditadura”, declarou Zapatero num encontro com militantes do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) na ilha de Lanzarote, nas Canárias.
“Um ditador não pode estar num lugar de honra”, adiantou.
O decreto que autoriza a exumação de Franco, aprovado no último Conselho de Ministros e publicado no sábado, indica que, a partir de agora, o Vale dos Caídos será um "lugar de comemoração, evocação e homenagem às vítimas" da Guerra Civil onde "só poderão repousar os restos mortais" daqueles que morreram na guerra.
Após a publicação do decreto real, os netos de Franco divulgaram um comunicado, afirmando que não estão disponíveis "sob nenhuma circunstância" para colaborar "ativa ou passivamente" na decisão do governo.
Acrescentam que reservam o direito de esgotar "todos os meios legais" à sua disposição para garantir os seus direitos como "únicos legitimados para decidir o destino dos restos mortais" do seu avô e expressam "confiança nos tribunais e na legislação atual", que consideram ter sido "violada gravemente" pelo texto legal.
Comentários