A portuguesa Cátia Azevedo foi hoje eliminada nas meias-finais dos 400 metros dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, ao terminar a terceira série no sétimo lugar, com o tempo de 51,32 segundos.

A velocista, de 27 anos, natural de Oliveira de Azeméis, concluiu as semifinais na 17.ª posição, sem conseguir avançar para a final, à qual chegavam as duas primeiras de cada série e as duas mais rápidas entre as restantes, mas conseguindo a melhor classificação de sempre de uma portuguesa na distância.

Cátia Azevedo avançou para esta fase com o terceiro lugar na sua série das eliminatórias, conseguindo o 15.º melhor tempo (51,26 segundos), e detinha a terceira melhor marca pessoal e do ano entre as participantes na sua série, só superada pela jamaicana Stephenie Ann McPherson (49,61) e pela norte-americana Allyson Felix (50,02 em 2021 e 49,29 como recorde pessoal).

“Eu estou a valer o meu recorde pessoal, eu estou mesmo a valer essa marca. O meu aquecimento correu tão bem, mas aquela rapariga que me passou nos 200 metros deixou-me um bocadinho desconcentrada e corri mais tensa até aos 300, erro meu, não por falta de experiência, mas por estar mais tensa”, explicou a velocista, de 27 anos, em declarações à agência Lusa.

Cátia Azevedo avançou para esta fase com o terceiro lugar na sua série das eliminatórias e o desempenho das rivais acabou por surpreendê-la.

“Não esperava que corressem todas na casa do segundo 49, depois de terem chegado aqui com marcas de 50 segundos, mas não podemos estar à espera dos outros. Dependemos de nós e eu saí daqui com duas marcas de qualificação para os Mundiais e abaixo dos mínimos para estes Jogos. Não foi possível uma marca abaixo dos 50, mas saio daqui bastante satisfeita”, frisou a velocista do Sporting.

Apesar da eliminação, o 17.º posto nas semifinais é a melhor classificação de sempre de uma portuguesa na distância, melhorando o 31.º lugar alcançado por Cátia Azevedo na sua estreia olímpica, no Rio2016.

“Pode soar a arrogância, mas não posso contar que as outras corram a 50 ou 51, quando estão a correr a 49, também não posso esperar que alguém em Portugal corra na casa dos 50, como eu estou, portanto tenho de ser eu a trabalhar, porque é um desporto individual”, vaticinou.

Avançaram para a final, marcada para sexta-feira, às 21:35 locais (13:35 em Lisboa), as duas primeiras de cada uma das três séries e as duas mais rápidas entre as restantes.

A jamaicana Stephenie Ann McPherson venceu a série disputada pela portuguesa, com o melhor tempo das semifinais, ao estabelecer o seu recorde pessoal em 49,34 segundos, enquanto a última repescada para a final foi a norte-americana Quanera Hayes, com o tempo de 49,81.